Transtorno bipolar tem cura?

O transtorno bipolar, mais conhecido com bipolaridade é um distúrbio psicológico que atinge hoje cerca de 3% da população mundial. Os tratamentos que envolvem tal patologia são diversos, mas será que existe uma cura? Acesse nosso artigo e descubra a resposta.

O transtorno bipolar é um quadro psicológico alterado, podemos colocar como primeiros sentimentos de angústia, desânimo e falta de vontade para fazer coisas do cotidiano, em segundo ápices de animação, onde a autoconfiança é exacerbada, assim como a sensação e vontade para se fazer mil coisas.

Ao ler essa descrição você pode até pensar que se trata de duas pessoas diferentes, uma depressiva e outra eufórica, no entanto este é o dia a dia de uma pessoa que sofre com a bipolaridade.

Essa doença costuma atingir por volta de 3% de toda a população mundial, tendo como sua principal característica oscilações repentinas no humor, passando por situações depressivas e de exaltação extrema.

Causas

A psicologia ainda não determinou o que causa o transtorno bipolar, porém afirma que estão envolvidos nesse processo fatores como a genética, neurotransmissores e alterações em algumas áreas do cérebro.

Desta forma, as pessoas que já tem um predisposição a desenvolver tal distúrbio podem ser afetadas mais intensamente por alguns eventos como episódios frequentes de quadros depressivos ou quando essas crises se iniciam precocemente, bem como o estresse intensificado e duradouro, remédios que inibem o apetite e tireoide.

Sintomas

– Depressão: distúrbio afetivo marcado pela presença de característica como a tristeza profunda, pessimismo e baixa auto-estima, podendo tais sintomas aparecerem isoladamente ou juntos.

– Mania: presença de humor anormal, deixando a pessoa eufórica, com altos níveis de energia, hiperativa e necessidade constante de falar. Neste quadro o indivíduo tem sua auto-estima bastante elevada, assim como sentimentos de autoconfiança.

– Hipomania: essa alteração de humor é bem parecida com a mania, no entanto atinge o indivíduo com uma veemência menor. Tal situação pode ser desencadeada por antidepressivos ou esteroides.

Classificação

  • Transtorno bipolar Tipo l
A bipolaridade é uma prisão.
Bipolar.
(Foto: Reprodução)

O portador de tal distúrbio costuma apresentar períodos de euforia que se prolongam por mais de uma semana, sendo que posteriormente na fase na depressão a apatia pode durar até meses.

  • Transtorno bipolar Tipo ll

A fase de depressão é mais leve, havendo alternância entre os episódios, deste modo o portador tem menos prejuízos em seu comportamento e atividades corriqueiras.

  • Transtorno bipolar misto ou não especificado

Os sintomas do transtorno aparecem na vida do indivíduo, mas não em períodos ou número regular para que haja uma caracterização e o paciente possa ser diagnosticado com um dos dois quadros citados anteriormente.

  • Transtorno ciclotímico

Este é o quadro mais brando da bipolaridade, pois as oscilações no humor não se prolongam por longas datas, mas ocorrem geralmente no período de um dia, com sintomas leves de depressão e hipomania.

Tratamento

Como o transtorno bipolar não tem cura, a recomendação é usar medicamentos para controle do distúrbio, assim como a psicoterapia e mudanças nos hábitos, como por exemplo, se deve deixar de usar produtos que possuam psicoativos tais como a cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína.

Também é indicado que os hábitos alimentares sejam saudáveis, assim como o tempo que se dedica ao sono, o qual deve ser suficiente para evitar situações de estresse durante o dia. O tratamento varia de acordo com o nível que a doenças se encontra.

Como conviver com uma pessoa bipolar?

Para conviver de maneira pacífica com uma pessoa que sofre de TBP, é necessário muita paciência e informação. Para mais informações e dicas. confira neste artigo e saiba mais sobre o assunto.

Transtorno Bipolar

Uma pessoa que convive com este de transtorno tende a sofrer muito com as variações de intenções e emoções.  Geralmente está sempre em confronto com o bem estar e o nervosismo constante. Quem tem esse problema se torna isolado, depressivo e em alguns casos raros, morre assim.

Quando a pessoa é muito ligada á nós, como algum dos familiares, a convivência se torna algo um pouco perturbador. Isso porque não é possível (de alguma forma) se acostumar com a oscilação de humor encontrada diariamente, em divergentes assuntos. Cada paciente possui características únicas.

Convivência

Por isso, ao aconselhar uma possibilidade de convivência melhor, não é indicado generalizar. Antes de mais nada, é importante levar em consideração que a pessoa com quem convive, sofre de uma doença mental, sendo assim: especial, com necessidades diferentes das pessoas comuns dentro de uma casa.

O transtorno bipolar é um mal que afeta a toda família
Com o tempo a família aprende a conviver com os transtornos do indivíduo bipolar. Mas os membros não podem prever seus ataques.
(Foto: Reprodução)

Toda a família pode ser afetada com o mal, se não souber como controlá-lo. A paciência pode ser a peça chave para alimentar a harmonia dentro do lar. Quando houver ataques, crises ou oscilações de humor, você deve simplesmente esperar que isso termine, dar a medicação e manter o controle.

Não chore, não se irrite e não haja como se aquilo fosse perturbador ou incômodo demais a você. Os níveis de tensão devem ser baixíssimos para não piorar a situação durante um ataque. Não deixar o afetado sozinho, também, é um ponto muito importante, ele pode se sentir ameaçado e ter ataques agressivos.

Sempre haja com calma, fale tudo que deseja falar sem alterar o tom de voz e sem agir com certa “ignorância”. Entenda de uma vez, que as condições encontradas num paciente que sofre de TBP, não são palpáveis ou controláveis por ele. É preciso muita paciência e calma nessas horas.

Não facilite tudo para a pessoa afetada. Quando a encontrar em estado normal, deixe que ela faça as atividades de sua responsabilidade normalmente. Evite tratá-la como doente, evite conversar demasiadamente sobre o problema e a leve por um caminho saudável.

Outra dica importante, é nunca deixar que a pessoa doente consuma sua vida. O desenvolvimento de outras doenças, como a depressão pode ocorrer assim que você tomar esse tipo de atitude. O problema precisa ser aceito e a maneira como você lida com ele determinará os caminhos de melhora ou não.

Saber tudo sobre a doença, é um ponto positivo. Entender como funcionam as reações e entender melhor sobre a doença que está lidando, é um dos meios mais inteligentes de ter uma melhor convivência. Se informe, tenha paciência e garanta a todos do lar uma vida tranquila, ainda que ocorra surtos.