Ser supremo e mônada primordial, a qual dá origem a todas as outras mônadas em sua essência de vida e transcendental, o Deus cristão está presente em nossas vidas e em nosso imaginário de várias formas. Entender os mistérios e ordenanças divinas é um passo primordial para se alcançar o Reino dos Céus.
A Igreja Católica foi a primeira grande instituição cristã a se organizar no mundo. Tendo seu início em Roma com o nome de Igreja Católica Apostólica Romana, um enorme processo histórico pode ser atribuído a essa instituição que teve imenso papel na Idade Média e na era Moderna.
Por ter inicialmente uma grande expansão entre diversas culturas diferentes, sobre tudo no império Franco durante a Idade Média e no Novo Mundo durante as colonizações, a Igreja Católica assumiu uma postura conciliatória, canonizando obras, santificando homens e mulheres e promovendo uma série de ritos religiosos, muitas vezes simplesmente aceitando-os em seu calendário.
Foi uma forma de se adequar a grande diversidade cultural e de suprir as necessidades espirituais desses indivíduos plurais. Mas afinal, como foi e como é que a igreja Católica entende a complexidade da salvação da alma, fator de extrema importância para esses homens dos séculos passados e de grande valia para contemporaneidade?
Salvação no Catolicismo
A salvação no catolicismo não funciona do mesmo modo como funciona nas igrejas protestantes. Construídos durante os séculos, os conceitos de engrandecimento espiritual foram associados ao mérito proveniente das obras humanas.
Para que um católico alcance o reino dos céus, ele precisa ser justificado divinamente. Para isso, as boas obras feitas pelo crente são o meio que o espírito santo tem de justifica-lo e garantir sua salvação, tudo isso disponível nos cânones do Conselho de Trento.
Porém, o homem não é aceito simplesmente por ter feito as boas ações, mas pelo o que o espírito santo fez nele. Por merecimento, o espírito santo faz uma infusão no cristão, tornando-o adequado para adentrar o reino espiritual após sua morte.
Entende-se também que a infusão acontece por meio da santa justiça divina. Quando infundido, o crente recebe a justiça que flui diretamente de Cristo, tornando sua natureza justa, e portanto, tornando-o agradável a Deus.
Atualmente, a comunidade cristã está com força total nas diversas mídias tanto digitais, como físicas. Uma grande quantidade de vídeos promocionais de eventos cristãos podem ser assistidos, conferencias e cultos de diversas igrejas são exibidos online, pôsteres e banners são fixados em diversas localidades públicas. Páginas em redes sociais são constantemente atualizadas, eventos musicais, procissões, cultos ao ar livre, dentre outras atividades estão cada vez mais em alta.
Além de todas essas, muitas campanhas e correntes cristãs vem contagiando diversas igrejas de diferentes denominações em todo o país. Uma das mais citadas diz respeito a “fazer um propósito com Deus“, tema que com certeza já deve ter figurado alguma pregação do seu líder religioso ao menos uma vez nesse ano.
Mas afinal, o que seria um propósito com Deus? Seria uma atitude correta? Existem procedimentos? Posso fazê-lo no conforto da minha casa?
Propósito x promessa
Primeiramente, é de fundamental importância saber que o primeiro propósito que todo cristão faz em sua vida se encontra no exato momento de conversão ao cristianismo. Na conversão, decidimos por vontade própria seguir os passos de Cristo, obedecer as leis das sagradas escrituras e pregar o evangelho à toda criatura. Esse é propósito primordial com Deus.
Fora esse, muitas pessoas acabam realizando outros propósitos em diferentes formas. Grande parte da comunidade cristã segue a crença cultural de fazer promessa, uma forma de conseguir determinadas bençãos em troca de algum tipo de punição física ou ação que visaria compensar o que lhe foi dado divinamente.
Não queremos fazer um posicionamento radical neste artigo mas é preciso ter cuidado no momento em que fazer uma promessa. Tenha em mente sobre o que está pedindo para Deus, pois o posicionando da promessa pode ser caracterizado como barganha. Mas apesar disso, os propósitos com Deus são diferentes das promessas.
Propósitos com Deus
Geralmente os propósitos servem apenas para aumentar a intimidade e relacionamento com o próprio Deus. Isso inclui campanhas de jejum e orações; noites de adoração, mais tempo em sintonia e meditação com Deus. Seja através de oração, leitura da palavra, dentre outras atividades de fortalecimento espiritual.
Raramente o propósito apresenta motivos adicionais para o seu início. Não é muito difícil ver um grupo aqui ou ali que está fazendo campanha de jejum para que um individuo seja curado de uma doença ou para que a construção da igreja bem sucedida. Porém, os propósitos não perdem a essência ao aproximar de Deus, admitindo-se que as benção chegaram por meio da bondade e misericórdia do pai onipotente naturalmente.
Portanto, se deseja fazer um propósito com Deus, analise suas intenções e permita-se conversar com Deus sobre as coisas que afligem o seu coração. Pense em que tipo de atividade você poderá se esforçar para se aproximar mais do altíssimo (oração, leitura bíblica, jejum, boas obras, evangelismo etc) e inicia sua jornada ao lado de quem deu a vida por você!
Uma das obrigações que uma pessoa adquire quando entrega-se aos caminhos de Deus é a disseminação do evangelho pelo mundo, no famoso “pregai o evangelho a toda a criatura”. Essa obrigação serve principalmente para mostrar ao mundo que o amor de Jesus está aberto para todos, sem acepção de pessoas, credos, cores, nacionalidades e gêneros.
Ambientando-se no contexto brasileiro atual, pregar o evangelho não é uma tarefa fácil. O Brasil é um dos países mais pluriculturais do mundo, ou seja, em nosso país existe uma grande variedade de culturas, visões de mundo, crenças e religiões. Desse modo, há primeira barreira a ser vencida para o sucesso na evangelização é o preconceito.
Quebrando paradigmas
Você sabe que a única verdade é a de Cristo. Sua vida está inteiramente voltada a adoração e a obediência aos valores, leis e ensinamentos de Deus e seus discípulos. Porém, deter a verdade não pode ser visto como um objeto de arrogância, e sim de bondade, tolerância e amor.
Ao cristão não cabe o julgamento de nenhuma outra crença. O primeiro passo para se aproximar de alguém não cristão é respeitando as crenças e valores dessa pessoa, mesmo que você não acredite nelas. Dizer que uma pessoa que segue o candomblé está errada por “servir ao demônio” não a convencerá de absolutamente nada.
Jesus prega, acima de tudo, o amor. Então, mostre o que temos de melhor para essas pessoas. Entre conversas e risadas, o melhor exemplo será sua própria vida, a beleza de seu vocabulário, a qualidade das suas atitudes e a essência que só alguém com Deus no coração pode transmitir.
Jovens escutam jovens
Uma coisa é certa: dificilmente os jovens escutam os mais velhos. Principalmente no ocidente, os anciões não são levados tão a sério pela juventude. Os motivos para isso são muitos e tem suas raízes longínquas nos processos históricos. Sem mudar o foco, os jovens se deixam convencer mais facilmente por outros jovens.
Se você já é casado e possui idade um pouco avançada, concentre-se em convencer pessoas da sua idade e de preferência também casadas. A congruência dos mundos e visões é uma importante característica que deve estar em comum nos evangelistas durante o processo.
Se você é jovem, concentre-se em evangelizar os jovens. Por viverem “no mesmo mundo”, vocês compartilham dramas, experiências, histórias e dificuldades em comum. Em cima dessas particularidade é que se mostra a diferença entre um jovem cristão e um não cristão. Apontar os erros de um jovem não é o melhor caminho e você sabe disso. Tente mostrar a ele apenas a solução, que é o amor de Cristo.
Pretensões subentendidas
Se aproximar de um jovem apenas com o intuito de evangeliza-lo vai causar repulsa e afasta-lo de você. A amizade é a melhor forma de trazer alguém para os caminhos de Deus. Comece com diálogos normais, sem apelar para lados religiosos. Com o tempo você conseguirá a confiança dessa pessoa que estará mais aberta a suas ideias e estilo de vida.
Porém, lembre-se: o exemplo é a melhor forma de evangelismo. Ser amigo não é fazer as mesmas coisas. Ser amigo é dar confiança, estender a mão, conversar. Realizar práticas pecaminosas para se aproximar de alguém só prejudicará sua imagem quando finalmente a hora de tentar falar de Deus chegar.
Não seja o “crente chato” mas também não seja o “enturmão”.
Problemas da vida
Quase todo jovem passa por problemas. A resolução desses problemas é o que mais pretendem, apesar de muitas vezes não se disporem a tentar. Nessas ocasiões, e com uma amizade já consolidada, o jovem irá compartilhar de suas angústias com você e é nessa hora que você terá que falar de Deus.
Dê exemplos da sua vida e da vida de outros amigos cristãos (dê apenas exemplos permitidos por essas pessoas) que possam servir para convence-lo do amor de Cristo. Não tenha pressa e tente falar de maneira sutil e agradável, sem obrigações e “visitas forçadas a igreja”. Convide-o para o culto, chame-o para conversar em sua casa. Toque uma música, assistam algo juntos. Crie um clima propício para falar de Deus e o Espírito Santo fará o restante.
Lembre-se: o processo de evangelização é longo e sem pressa. Deus o utilizará como instrumento de sua santa vontade. Deixe Deus tocar seu coração e permita que sua própria vida, decisões e atos falem por você na maior parte do tempo. “Evangelize. Se for preciso, fale”.
A jornada de Jesus Cristo se iniciaria e ele deveria fundar seu ministério para conseguir os seguidores. João Batista era um profeta famoso por batizar as pessoas pela água e foi ele próprio quem batizou Jesus. Esse batismo marcou o início da caminhada e doutrina cristã no mundo.
O Rio onde Jesus foi batizado se chama Rio Jordão. Sua nascente está localizada na Jordânia e marca uma fronteira natural entre esse país e Israel, desaguando no Mar Morto. Até hoje, o Rio Jordão recebe visitas de peregrinos de todos os lugares do mundo, principalmente para realizar batismos aos moldes antigos.
O Cristianismo é uma das maiores religiões do mundo e hoje movimenta milhões de pessoas pela fé em grande parte dos países no planeta. A palavra de Cristo percorreu de diversas formas e em diversas interpretações pelos jesuítas e devotos mensageiros pela Europa, África, América, Oriente Médio, Ásia e Oceania.
A Bíblia é o livro sagrado para os devotos cristãos e ele nada pode ser dito contra, pois fora escrito com inspiração divina pelos homens escolhidos por Deus para essa divina tarefa. Porém, além da importância da bíblia, o batismo de Jesus Cristo teve se não a maior importância para toda a doutrina.
O Batismo
Na bíblia e na religião cristã em si, o batismo é uma das etapas mais importantes para os convertidos ao amor de Jesus. Quando uma pessoa aceita o filho de Deus como seu único salvador, ela deve passar por um ritual simbólico de entrega total ao Deus dos exércitos para consolidar sua escolha.
O batismo significa entrega total e mudança de vida. É a morte para o mundo terreno, profano e material e o retorno ao mundo espiritual, divino e de luta ao lado de Cristo mesmo em terra. O mais comum é que os cristãos passem por esse ritual em uma piscina ou em um rio como o próprio Jesus passou.
Atualmente, existem centenas de denominações religiosas que derivaram do Cristianismo e se dizem se a igreja do Senhor. Em meio a tanta confusão doutrinária e ideal, as pessoas podem ficar confusas quanto a legitimidade dessas instituições religiosas e suas diferenças relevantes umas das outras.
Qualquer pessoa que leu ao menos alguns trechos do Novo Testamento pode ressaltar que Jesus Cristo foi quem criou e encabeçou a verdadeira igreja, proveniente da inspiração divina e perfeita do Pai e dele mesmo como filho de Deus. Tendo em vista essa informação, é passível de se dizer qual é a verdadeira igreja de Cristo atualmente?
A Verdadeira Igreja de Cristo
Muitos a chamam de igreja primitiva devido a sua idade e também ao seu início como divulgadora do cristianismo. Porém, tendo isso em vista, qual igreja seria a primitiva? Qual denominação pode ter herdado suas características e seus preceitos originais?
A santa igreja que Jesus Cristo fundou se iniciou na mesa com os seus discípulos. Em suma, aqueles seguidores do grande profeta deveriam anunciar as Boas Novas para toda a criatura da Terra e assim espalhar a verdadeira mensagem cristã. Essa pode ser (e por muitos ela é) considerada a verdadeira igreja primitiva e a igreja de Cristo.
Os discípulos morreram, mas seus ensinamentos passaram pelas gerações e conseguiram diversos seguidores principalmente nas províncias romanas situadas na Europa. O Judaísmo não admitiu Jesus Cristo como filho de Deus e logo essa ideia teve de se dispersar a outros lugares.
O império romano possuía bases extremamente escravocratas, sendo que a grande maioria de seus habitantes eram escravos e pobres. Num ambiente onde tudo o que resta é servir a alguém dito superior e temer o poder do Estado, a palavra de esperança e vida abundante e justa após a morte dez total sentido aos romanos.
As primeiras igrejas cristãs foram improvisadas em casas e lugares escondidos das forças militares e autoridades romanas. O fervor religioso da massa cristã em Roma e em grande parte das províncias do império por volta de 251 D.C. acabou por vencer religiosamente o império romano, quando Constantino se converte ao Cristianismo.
Desde então, a Igreja Cristã se articula religiosamente e politicamente numa instituição estável e poderosa dentro de Roma. Essa instituição foi e ainda é a Igreja Católica Apostólica Romana, que hoje tem seus mais de 2 mil anos de existência e experiência cristã.
É inegável afirmar que de fato, a igreja católica seja a mais antiga instituição religiosa ordenada nas bases cristãs. Ela é o resultado direto das ações dos discípulos desde a época de Jesus, porém com várias mudanças conceituais e doutrinárias, visto que foi criada em um lugar diferente, para povos diferentes e em situações complexas.
Exatamente por toda essa diferença que com o tempo só se alargou em vários países e situações político, econômicas e culturais na Europa que a igreja católica se fragmentou em várias outras doutrinas religiosas. As igrejas protestantes, apesar de não serem diretas a igreja primitiva, vieram da igreja mãe católica e se basearam na bíblia para reformular seus conceitos e ideias cristãs.
Levando tudo isso em consideração, não é errado afirmar que todas as igrejas cristãs são verdadeiras. Todas são a continuidade das ações do profeta no mundo e por isso, trazem a mensagem e o evangelho santo para a humanidade, mesmo com todas as diferenças culturais e doutrinárias.