Proclamação da Republica do Brasil história e resumo

A Proclamação da República no Brasil foi um marco histórico bastante peculiar de nossa nação. Saiba como isso aconteceu clicando no post.

A Proclamação da República em nosso país foi resultado de um longo processo de descontentamento imperial e de atitudes que Dom Pedro II poderia ter evitado. Os fatos históricos que culminaram nessa investida militar contra a monarquia podem ser facilmente entendidos no contexto pós guerra e de grandes transformações sociais.

As motivações

Desde a independência, o Brasil experimentou uma maior liberdade de comércio e produção, estando livre das garras imperiais portuguesas e do pacto colonial. Apesar das dívidas adquiridas para o reconhecimento da nação como independente e apta ao comércio, esse grande salto emancipacionista foi percebido e aproveitado pelas elites do país.

Pedro II - imperador do Brasil
Pedro II – imperador do Brasil (Foto: Reprodução)

A série de revoltas ocorridas durante a regência – momento em que Dom Pedro I é mandado para fora do país e seu filho, Pedro II, não teria idade suficiente para reinar – só mostravam a insatisfação das províncias com as políticas do império. Apesar dos benefícios, as questões internas da política, as altas tributações, as péssimas condições de vida e a condição escrava de alguns grupos foram os principais motivos de revoltas como a dos Malês, Farrapos, Sabinada, etc.

A política conciliadora do império de Dom Pedro II apaziguaria alguns ânimos, como também a reforma eleitoral daria aos liberais a sensação de estar progredindo no Brasil. Porém, um outro fato histórico mudaria bastante outros setores do império: a Guerra do Paraguai.

A Guerra do Paraguai – Questão militar

Em 1864, o império brasileiro se envolveu no maior conflito militar da América do Sul até hoje. Esse conflito ficou conhecido como a Guerra do Paraguai, onde Brasil, Argentina e Uruguai se uniram na chamada Tríplice Aliança para derrotar o inimigo em comum. Nesse contexto, a figura do imperador como “vencedor de guerras” deveria ser mantida e afirmada por Dom Pedro II.

Batalha de Riachuelo - Guerra do Paraguai
Batalha de Riachuelo – Guerra do Paraguai (Foro: Reprodução)

O império brasileiro entra nos esforços de guerra. O exército não possuía equipamentos e treinamento suficientes para entrar num conflito de tamanhas proporções. Para isso, a política imperial tomou empréstimos para equipar as forças armadas e resstruturar o exército brasileiro.

As dificuldades da guerra acabou unindo essa “classe militar” no país. O exército constituiu uma forte unidade de comando, guerra e de representação política. Era o setor mais unido do Brasil império e além disso, possuíam uma grande arma a seu favor: ter vencido o conflito e salvado o país.

A Proclamação da República

Como base unida e voltada principalmente ao próprio setor, os militares após o término da guerra em 1870 passaram a ser mais críticos e positivistas. Eles reivindicavam novos investimentos, melhorias salariais, melhorias estruturais, mais academias militares e outras petições essenciais ao funcionamento militar.

Golpe militar liderado por Deodoro da Fonseca
Golpe militar liderado por Deodoro da Fonseca (Foto: Reprodução)

Apesar de tudo, o império não se mostrou interessado em atender os pedidos militares. As dívidas dificultaram a economia brasileira e a insatisfação das elites agrárias do país. Mediante a isso, cresciam os gritos reformistas e republicanos. A elite urbana, os jornalistas, estudiosos, escritores, estavam se mostrando contrários ao regime monárquico.

Outro fator importante fez com que Dom Pedro II perdesse o apoio dos fazendeiros: a abolição da escravatura. Nesse período, já era comum que no Brasil ninguém defendesse a escravidão. Até mesmo os fazendeiros não se mostravam totalmente a favor desse tipo de trabalho. Porém, caso a escravidão fosse abolida do país, eles achavam que o Estado deveria pagar a indenização pela perda de suas “peças de trabalho”.

Em 1888, a princesa Isabel assina o documento que tornaria os negros livres no Brasil, porém sem indenização aos fazendeiros. Essa medida claramente afetou os ânimos dessa importante classe política no país e fez com que o descontentamento com o império aumentasse demasiadamente.

Um ano depois, a situação tornaria-se insuportável. As crises, o descontentamento intelectual, a perda do apoio dos fazendeiros e o descontentamento militar estariam mais aguçados. Em vista a todos esses problemas, Dom Pedro II via-se sem apoio, mas não em total insegurança.

Em uma noite no Rio de Janeiro, a corte imperial dá uma grande festa, um baile luxuoso para receber convidados políticos. Esse ato foi visto com maus olhos pelos militares e a elite intelectual do país. Em meio ao caos, a corte esbanja do dinheiro público sem nenhuma preocupação.

No dia 15 de novembro de 1889, imbuído das forças militares e do apoio intelectual urbano do Rio de Janeiro, o marechal Deodoro da Fonseca lidera o golpe militar que derrubaria a monarquia e instauraria a república brasileira. O monarca Dom Pedro II e sua família foi retirado do palácio ao apontar das armas militares e expulso do país. Iniciava-se então a República dos Estados Unidos do Brasil, baseada em ideais liberais e federalistas, com novos direitos e restruturação política.

Conjuração baiana resumo: Onde ocorreu, objetivos, consequências e como terminou

A conjuração baiana ou também conhecida como revolta dos alfaiates pode ser considerada um dos maiores exemplos de insatisfação popular na colônia. Entenda mais sofre esse fato histórico no post.

Nos tempos da colônia, a vida para os moradores era muito difícil em quase todos os sentidos. Tudo faltava e o ambiente brasileiro ainda não muito interpretado pelos portugueses era por vezes, hostil e perigoso. Além disso, os ataques e conflitos indígenas enchiam a mente e o imaginário com o medo nos moradores.

Economicamente falando, a situação também não era das melhores. O pacto colonial imposto por Portugal restringia as possibilidades de mercado e ainda diminuía muito os lucros dos comerciantes e produtores de cana, por exemplo. O domínio real sobre os colonos também era visto com maus olhos por algumas parcelas da população que estava considerando a coroa como tirana e cerceadora do desenvolvimento brasileiro.

A Conjuração Baiana

Todos os problemas citados acima teriam sido suficientes para algum tipo de revolta na colônia portuguesa. Porém, um caso específico em Salvador, na Bahia, outros motivos além desses estavam em jogo.

Representação de trecho de Salvador
Representação de trecho de Salvador. (Foto: Reprodução)

Se a insatisfação popular já era comum entre a província, pior ficou depois que a capital do Brasil fora movida de Salvador para o Rio de Janeiro. A cidade deixou de ter a grande importância que tinha e não recebeu mais o mesmo investimento de antes. A situação começou a ficar caótica, baixos lucros, crises em alguns setores e saques a propriedades privadas aconteciam levianamente.

O ideias da então ainda recente revolução francesa começaram a fazer mais sentido para esses baianos. Os radicais começaram a se levantar e praguejar contra as políticas da coroa e a cada dia, o levante popular se inflava e reunia mais pessoas. Em 1798, essa situação se tornaria importante ao ponto de chamar atenção do monarca português.

Uma das figuras mais importantes, Cipriano Barata, organizou um levante popular que reunia soldados, religiosos, negros livres, escravos, comerciantes, artesãos e muitos alfaiates – o que caracterizou o nome Revolta dos Alfaiates.

Os motivos e o fim

Basicamente, os baianos queriam melhores condições de vida. Eram influenciados pelos ideias da Revolução Francesa e por isso, pregavam a igualdade, existindo até alguns polos abolicionistas. Queriam separação com a coroa portuguesa, abertura dos portos para comércio com outras nações, aumentos salariais e até mesmo a implantação de uma república.

A revolta estaria marcada, mas o movimento foi suprimido antes mesmo que ocorresse. Alguns infiltrados delataram as informações necessárias a coroa que rapidamente enviou forças militares para conter e prender os revoltosos. Muitos foram mortos como penalidade e outros, condenados ao exílio.

Apesar de fracassada, a Conjuração Baiana já mostrava a indignação dos colonos com a política real. Esse evento também foi de fundamental importância para os movimentos abolicionistas que viriam posteriormente.

O iluminismo resumo: o que foi, o que defendiam e histórico

O iluminismo foi uma das principais correntes teóricas europeias e influenciaram de forma muito abrangente os sistemas políticos, a filosofia e a ciência. Entenda o que foi o iluminismo clicando no post.

Assolados pelos pesados sistemas absolutistas, os países europeus por muito tempo viveram sobre grande imposição estatal e quereres de seus monarcas. Os limites dos mandos e desmandos do rei pairavam do profano ao sagrado e pareciam não ter mais fundamentação para o tempo histórico daquele continente.

Ao florescer do século XVII, as primeiras ideias iluministas surgem na Europa, e em especial, na França. Paris será a cidade com mais argumentação iluminista por muitos anos. Com ideais de liberdade, racionalidade, liberdade religiosa, autonomia e a menor intervenção estatal, os iluministas consagraram sua luta idealista contra os sistemas monárquicos europeus.

Revolução Francesa - influência direta do iluminismo
Revolução Francesa – influência direta do iluminismo (Foto: Reprodução)

Apelo ao cientificismo

Apesar de criticarem os modelos políticos que cerceavam a liberdade e a conjuntura econômica e individual nos Estados europeus, os iluministas também atacaram o que era imposto pela igreja. Indo de encontro a tudo que era estabelecido pelos dogmas cristãos, os adeptos ao iluminismo problematizaram a questão dos dogmas e a compararam com o atraso da sociedade.

Dessa forma, esses estudiosos acabaram por elaborar e incentivar a contemplação de teorias científicas que abarcassem os fenômenos até então somente explicados pela fé. Um termo muito utilizado que ficou famoso foi o “antropocentrismo”, ideia que instituía o homem no centro do universo e não a figura de Deus.

Influências do Iluminismo

O marco de mais importância desses movimentos iluministas aconteceu em meados do século XVIII. Vários autores importantes já expressavam e difundiam suas ideias não só na França, mas em muitos países da Europa que cada vez mais tendiam-se a aceita-los de diversas formas.

Como influência ideológica direta, podemos citar a Revolução Francesa como filha do iluminismo. Com ideias de Liberdade, Fraternidade e Igualdade, a Revolução Francesa destronou e decapitou a monarquia absolutista da França. Logo, com o avanço napoleônico, mais monarquias absolutistas cairiam sob o domínio militar e ideal francês.

Outro marco importante influenciado pelos ideais iluministas foi a concepção de liberalismo. Tal corrente política vigoraria na América após a Independência dos Estados Unidos, ocorrida no mesmo século, antes mesmo da revolução francesa. O liberalismo permitiria a iniciativa privada, o individualismo, a liberdade econômica e menor intervenção estatal na economia.

Principais autores

Podemos citar como principais pensadores do iluminismo, Montesquieu, Diderot, Voltaire, John Locke, D’Alembert e Rousseau. Esses pensadores contribuíram tanto para o entendimento humano sobre si mesmo e demais relações das ciências naturais (como John Locke) como também relações políticas, como a instituição e divisão dos poderes Legislativo, Executivo e  Judiciário, defendido por Montesquieu.

O que defendiam os bolcheviques e os mencheviques

Os Bolcheviques e os Mencheviques tiveram um grande papel político que decidiria o futuro da Russia durante a revolução. Saiba o que cada corrente política defendia.

Em detrimento dos outros países da Europa, a Rússia, apesar de por muito tempo ter sido uma das maiores potências do continente, possuía uma segmentação social baseada no serviço braçal e feudal de seus moradores camponeses. O distanciamento tecnológico da Rússia lhe proporcionou derrotas em algumas batalhas importantes e dificuldades econômicas que assolaram a imensa população na fome.

O descontentamento com essas questões e com o governo absolutista do Czar inflou diversos movimentos sociais que apoiavam as propostas de cunho marxista para a derrubada do czar e a mudança radical do governo russo. Essas correntes políticas sovietes tiveram dois grandes partidos que as representavam: os bolcheviques e os mencheviques.

Símbolo Bolchevique
Símbolo Bolchevique

Esses dois partidos foram a divisão de um único partido chamado Partido Social Democrata, onde as divergências de pensamento foram suficientes para criar diferentes identidades políticas contra o czar.

Bolcheviques

A etnologia do nome Bolchevique significa, basicamente, “a maioria”. O grupo recebeu esse nome pelo fato de, no momento da divisão do Partido Social Democrata, esse lado teria ficado com grande parte dos integrantes, sendo assim, a maioria do partido. Os bolcheviques eram os mais radicais dentre os dois lados dessa divisão.

Defendiam a implantação imediata da ditadura do proletariado, o socialismo e a derrubada do governo czarista e toda a sua estrutura. Articulavam-se na mudança do cenário russo mediante ao combate armado e estenderam sua influência entre alianças de proletários com camponeses. Daí o famoso símbolo da bandeira russa (tendo em vista que os bolcheviques saíram vitoriosos) do martelo, representando o proletário e a foice, representando o camponês.

O principal líder dos bolcheviques era Lênin, que era um dos fortes apoiadores dos sovietes e da grande massa descontente com o czar.

Mencheviques

Assim como o Bolcheviques, a etnologia do nome Menchevique diz respeito diretamente a quantidade de pessoas durante a divisão do Partido Social Democrata. Nesse caso, Menchevique significa a minoria, pois foi composto pela pequena parte que sobrou do partido durante a divisão.

Os mencheviques eram a favor das correntes ideológicas e do determinismo histórico marxista. Acreditavam que antes de implantar o socialismo na Rússia, o capitalismo teria que se desenvolver até seu ápice e chegar a revolução socialista. Apesar de revolucionários, os mencheviques procuravam mudanças com reformas políticas e não com radicalismo armado.

A derrubada do Czar e as transformações sociais em progresso eram o que pleitava esse grupo político. Seus principais líderes foram Gheorghi Plekhanov e  Iulii Martov.

Dia do fico: resumo completo

O Dia do Fico foi de fato, um importante marco para o processo de independência brasileira do império português. Entenda como se desenrolou esse episódio de nossa história.

A vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808 marcou o início de uma nova era cultural, econômica e política na colônia. Numa tentativa bem sucedida de fuga dos ataques de Napoleão Bonaparte naquele mesmo ano, o rei Dom João VI deixa Portugal e faz do Rio de Janeiro a sede do império unificado de Portugal, Brasil e Algarves.

Dessa forma, o território brasileiro deixa de ser colônia, agora sendo parte integrante e sede do império português. Além das reformas para o recebimento da família real no Brasil, a abertura dos portos para as nações amigas permitiu uma maior rotatividade e prosperidade econômica.

Representação artística do Dia do Fico
Representação artística do Dia do Fico

Foram anos de conservação no cenário político do império e de estabilidade econômica especificamente no Brasil. No entanto, quando as hordas de guerra da expansão imperialista de Napoleão ruíram ao vento, o desejo das cortes de Lisboa chegou aos ouvidos do monarca no Brasil.

O desejo das Cortes de Lisboa

As cortes de Lisboa almejavam o retorno do rei a Portugal e mais uma série de exigências. Uma dessas exigências seria que o Brasil regressasse a situação de colônia, fechando os portos as nações amigas e restaurando o pacto colonial.

Devido as pressões portuguesas, o Rei Dom João VI retorna a Portugal mas deixa seu filho, Dom Pedro como príncipe regente no território brasileiro.

Logo viriam as notícias de Portugal e o rei exigiria que o príncipe retornasse ao país para que as exigências das cortes de Lisboa fossem atendidas. Porém, as elites paulistas e cariocas (principalmente do partido brasileiro) se organizaram num levante popular, colhendo mais de 8 mil assinaturas que exigiam a permanência do príncipe em terras brasileiras.

Cedendo as pressões brasileiras, o futuro imperador e protetor perpétuo do Brasil na independência, declara na seguinte frase:  “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Declarada no dia 9 de Janeiro de 1822, esse dia foi conhecido como o Dia do Fico, onde o príncipe regente desobedeceu as exigências imperiais em prol dos interesses brasileiros.

Guerra civil de El Salvador resumo completo

A Guerra Civil de El salvador representou um dos mais sangrentos embates políticos entre forças da esquerda e direita em um país da América Central. Confira mais sobre essa história.

Os territórios onde se firmaram os países hoje conhecidos na América do Sul, América do Norte e América Central, foram desde o início da colonização europeia, palcos de diversas injustiças sociais, violência, exploração de trabalho e escravidão, chacinas e intensas disputas e embates políticos.

Numa tentativa de se distanciar dos modelos monárquicos europeus e de toda a herança exploratória,  grande parte desses novos países independentes adotaram os modelos republicanos, democráticos e liberalistas, baseados sobretudo na política dos Estados Unidos, que há muito tempo havia se tornado independente da Inglaterra.

Contexto ditatorial em El Salvador
Contexto ditatorial em El Salvador

Apesar de serem repúblicas, as diferenças sociais, as heranças e vícios dos antigos sistemas coloniais, o caudilhismo, o coronelismo e demais mazelas políticas tipicamente fruto das elites do passado acabaram por fomentar intensas desigualdades sociais e conflitos ideológicos em grande parte desses países.

Numa tentativa de mudança de ordenamento social, vários movimentos revolucionários foram despertados com a influência dos ideias socialistas provenientes das obras de Karl Marx e da presença da URSS no conflito ideológico da bipolaridade ou, como mais conhecida, Guerra Fria.

Guerra Civil de El Salvador

Apesar de hoje, El Salvador ser considerado um típico país independente da América Central do início do século XIX, só foi em 1956 que finalmente pôde se tornar uma nação independente. Ter conseguido se separar do julgo espanhol foi apenas o início de sua empreita, visto que naquele século era pertencente ao México.

As tensões sociais, desigualdades e exploração de trabalho contribuiriam para a miséria de grande parte da população e para a indignação de de algumas pequenas elites pensantes. Para mudar o quadro social, ideias de caráter socialista e nacionalista se difundiam e até mesmo chegavam a atingir as esferas políticas.

Com a queda do café em 1929, o país passa por mais tensões sociais estagnação econômica. Novos governos passam a fomentar o setor industrial e a figura do governante Oscar Osório fora de forte popularidade e com base na redemocratização social. Seu assassinato e o golpe militar que se sucedeu em 1979 deu início a ferrenha oposição de direita.

Apoiados pelos fazendeiros do café e pelas políticas de financiamento norte americana – que financiavam o exército governamental para suprimir os levantes socialistas – as intensas batalhas entre ditadores e rebeldes culminaram na continuidade da estagnação política e na morte de milhares de civis.

Devido a intensidade do conflito, as negociações de paz com as frentes revolucionárias foram iniciadas em 1989. Com o auxílio das Nações Unidas (ONU), o Tratado de Chapultepec que firmava a paz entre rebeldes e o governo finalmente foi assinado e a guerra civil pôde ter seu fim. As frentes revolucionárias até hoje possuem sua representatividade política em El Salvador.

Lei dos sexagenários resumo

O fim da escravidão no Brasil foi um processo lento e gradual. Entenda o que garantia a Lei do Sexagenário no contexto pré abolição.

A vinda da Coroa Portuguesa ao Brasil em 1808 trouxe grandes investimentos, principalmente ao Rio do Janeiro. Além disso, o Rei Dom João XVI declarou o Rio de Janeiro como capital do Império Unificado de Portugal, Brasil e Algarve, fato que tirou o Brasil da condição de colônia e determinou a abertura dos portos para as Nações Amigas.

Por ser sede do império, o Brasil sofreu ganhos estruturais e desenvolvimento econômico nunca antes visto. Principalmente a maior liberdade comercial adquirida, fez com que os produtos brasileiros escoassem para muitos lugares do mundo e dessem mais lucros as nossas terras.

A Lei dos Sexagenários dava liberdade a escravos mais velhos
A Lei dos Sexagenários dava liberdade a escravos mais velhos

A independência e a exigência inglesa

Devido a diversas manifestações em Portugal, a família real teve de retornar a Lisboa. As cortes de Lisboa expressaram diversas exigências ao rei, sendo que uma delas era de restaurar o Brasil à condição de colônia. Obviamente, essa exigência ao chegar nos ouvidos brasileiros não foi bem recebida.

Com apoio dos liberais e dos monarquistas, Dom Pedro I declarou a independência do Brasil. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência brasileira. Porém, para que os demais países pudessem comercializar com o Brasil de forma segura, era necessário obter publicamente o reconhecimento da maior potência da época, a Inglaterra e também do próprio país que perdera a colônia, Portugal.

Para obter o reconhecimento inglês, o Brasil precisou cumprir uma série de exigência, sendo uma delas, o fim gradual do tráfico negreiro. Essa exigência foi assinada pelo imperador e ficou famosa como “para inglês ver” pois, nos primeiros anos nada foi feito a respeito.

A Lei dos Sexagenários

Como o Brasil não estava cumprindo com essa exigência, a Inglaterra em meados do século XIX aprovou uma lei que autorizava a si mesma a afundar embarcações brasileiras. Com as pressões inglesas, o Império do Brasil teve de aprovar algumas leis que agilizariam o processo do fim da escravidão, como a Eusébio de Queirós que proibia expressamente o tráfico negreiro.

Uma dessas leis foi a Lei dos Sexagenários de 1885, que determinava que escravos com 65 anos ou mais deveriam ser libertos por seus proprietários. Foi sem dúvida um importante passo para o fim da escravidão que ocorreria em 1888.

Reforma protestante resumo

A Reforma Protestante foi um movimento religiosos que conseguiu mudar o mundo europeu de forma avassaladora. Entenda como se deu o desfecho desse importante fato histórico.

Como todos sabemos, a Europa passou séculos sendo essencialmente católica apostólica romana, servindo os pretextos e conceitos da igreja, tendo ela como principal influência política e espiritual.

Essa influência religiosa acabou por ditar os rumos históricos de muitos países europeus por muito tempo. Após a Idade Média, logo no início da modernidade, um movimento iniciado na Alemanha mudaria de uma vez por todas a religiosidade e política de muitos países europeus.

A Reforma Protestante

Já há muito tempo, muitas pessoas na Europa se viam insatisfeitas com as ações da igreja. As práticas e proibições já faziam sentido para a espiritualidade do povo e para os negócios dos burgueses. A insatisfação vinha especialmente com a cobrança de indulgências feitas pela igreja, com o condenamento da usura e com os casos de abusos por membros do clero.

Martinho Lutero
Martinho Lutero

Antes mesmo do reformador articular suas ideias contra a igreja católica, vários pensadores já demonstravam antipatia com as ações da igreja católica, seja por meio de declarações públicas, seja por meio de publicações textuais. É importante  entender que esse processo de desencantamento com a igreja já vinha se acumulando e se solidificando há algum tempo.

A reforma partiu de um membro do Clero da Alemanha no século XVI chamado Martinho Lutero. Indignado com essas e muitas outras contraversões da Igreja Católica, Lutero inicia estudos bíblicos que possam comprovar os erros de sua instituição e com isso formula 95 teses que denunciavam os erros católicos.

Tudo ficaria explicito quando no dia 31 de outubro de 1517, Lutero cola as 95 teses na porta da igreja do castelo Wittenberg. Para evitar de ser condenado e morto pela igreja, Lutero se articulou com poderosos burgueses e membros da nobreza que apoiaram suas ideias. Outros reinos europeus também se mostraram interessados nas teses de Lutero e se posicionaram a favor de um novo ordenamento religioso.

Efeitos da Reforma

Matinho Lutero foi excomungado da igreja católica e por isso se viu compelido a iniciar uma nova igreja com o apoio que tinha. Essa igreja ficou conhecida como a igreja luterana e serviu como uma alternativa para quem queria se ver livre dos abusos católicos na Europa.

Essa separação de instituições religiosas acabou por contaminar grande parte da Europa. A partir desse primeiro movimento reformador, outros movimentos parecidos se iniciaram e também fundaram novas concepções religiosas como o calvinismo e o anglicanismo.

Todas essas novas religiões que se opunham a igreja católica ficaram conhecidas como Religiões Protestantes. Como reação a todo o espaço e poder perdido, a igreja católica elaborou uma Contra Reforma que visava sérias proibições de circulação das ideias protestantes, principalmente nos países ibéricos (Espanha e Portugal) e na Itália.

Povos: Incas, Maias e Astecas: Costumes Civilização História e Resumo Completo

Saiba mais sobre esses povos que até hoje, enchem o imaginário ocidental de mistérios com suas belas construções, ciência e costumes.

O contato com americanos ao final do século XIV e início do século XV mudou imensamente as concepções de mundo que as sociedades ocidentais, sobretudo europeias, tinham até então. A existência de imensas faixas de terra com animais diferentes, pessoas, costumes, impérios e paisagens ressignificou o imaginário dos habitantes do Velho Mundo.

Mais que apenas estabelecer laços de diferenças entre os dois mundos, a descoberta para os ocidentais acabou por construir sua própria identidade, baseando-se na alteridade encontrada na América. Foi na diferença entre europeus e americanos que as sociedades europeias se identificaram como unidade cultural e representativa.

Os Incas

Os incas constituíram um dos maiores impérios da América, que se iniciava no atual Chile, passando por toda a extensão da Cordilheira dos Andes até mais ao norte. Estima-se que dentro das dependências do império existissem cerca de 700 línguas diferentes entre os vários povos que deviam tributos ou serviços aos incas.

cidade sagrada - Machu Pichu
cidade sagrada – Machu Pichu

A capital do império situava-se na cidade de Cusco, conhecida pelos próprios incas como O Umbigo do Mundo. Outras cidades sagradas como Machu Pichu foram descobertas mais a frente na conquista espanhola, porém já há muito tempo desabitada por esses povos.

Sociedade inca e religiosidade

A sociedade inca era estamental e possuía divisões de nobreza e cargos públicos. Os incas “puros” eram conhecidos como Os Filhos do Sol, principal divindade desse povo. Geralmente eram os que habitavam os complexos urbanos construídos com técnicas avançadas de engenharia e pedras que pesavam toneladas, cuidadosamente encaixadas e cortadas.

Outros povos serviam como base de produção para o sustento do império. Esses povos situavam-se dentro dos domínios incas e contribuíam com o pagamento de impostos, como alimentos, artesanatos e outros produtos.

Toda organização inca era extremamente burocrática no que diz respeito a administração dos recursos do império. Além disso, a política era totalmente centralizada ao imperador, que para os incas era a personificação do próprio deus sol, Inti. Para venerar o deus sol e lua, os incas construíram templos grandiosos e cidades sagradas que até hoje intrigam os pesquisadores.

Era comum em sua religião o sacrifício de seres humanos e animais em rituais sagrados. Para eles, toda o funcionamento do mundo e da vida só se manteria em ordem quando regado ao sangue do homem, uma tradição religiosa que remonta as origens desse povo.

Agricultura e economia

Os incas possuíam um vasto conhecimento na agricultura, com métodos muito eficazes de aproveitar a terra e a engenharia para fornecer irrigação da melhor forma possível utilizando terraços e curvas de nível. Cultivavam milho, algodão, tomate, mandioca Quinua, amendoim, batata, entre outros.

Não existia no império um sistema monetário. Para os incas, só a troca de produtos ou serviços faziam sentido em relações comerciais. A construção de diversas estradas facilitava o escoamento desses produtos para todo o império.

Astecas 

Os Astecas constituíam um vasto império localizado principalmente no atual território mexicano. Eram também excelentes construtores, conhecidos por suas grandes pirâmides e templos aos deuses. Seus domínios se estendiam por grande parte da América Central e eram conhecidos por sua grande força militar e caráter conquistador.

Pirâmide Asteca
Pirâmide Asteca

Sociedade, Cultura e Religião

Os astecas tinham a característica primordial de serem grandes guerreiros e conquistadores. Dessa forma, o guerreiro era considerado uma das camadas sociais existentes na sociedade asteca, como também o próprio imperador, a nobreza real, sacerdotes, comerciantes e escravos.

Os conquistadores espanhóis quando chegaram no território asteca, foram recebidos pelo imperador, onde Cortés fora confundido pelos astecas como a personificação do deus Quetzalcoátl, um dos principais e também o criador do povo asteca. O conquistador espanhol utilizou dessa coincidência para derrubar o império mais a frente.

Eram conhecidos também pelos seus inúmeros rituais de sacrifícios humanos públicos e frequentes. Eram geralmente realizados do alto das pirâmides, onde o coração das vítimas eram arrancados e dedicados ao sol para o correto funcionamento da dinâmica do mundo.

Além de engenharia aprimorada, esse povo também desenvolveu escrita por hieróglifos e um sistema de calendários e mapeamentos estelares precisos e importantes a sua cultura.

Agricultura e Comércio

A alimentação dos astecas era baseada principalmente no consumo do milho, porém também era comum que plantassem tomates, cacau, pimenta, entre outras variedades nas chamadas ilhas de cultivo. Dessa forma, além das trocas de produtos artesanais e grãos essenciais, os astecas utilizavam sementes de cacau como uma espécie de moeda representativa.

Maias

Os maias constituíam o império mais sofisticado da América e eram conhecidos por terem aprimorado demasiadamente a escrita, a astronomia e a matemática. O conhecimento das estrelas pelos maias era extremamente superior ao conhecimento europeu na época do contato.

Templo Maia
Templo Maia

Além disso, a funcionalidade do império maia deu a ele importantes e imensas cidades e conglomerados urbanos que possuíam as mais densas e dinâmicas aglomerações humanas do mundo. A densidade populacional das cidades era superior a das maiores cidades do Velho Mundo.

Sociedade, Cultura e Religião Maia

O império maia pode ser comparado a região da Grécia no sentido de que, apesar de não ser unificado, as cidades se comunicavam e se identificavam como semelhantes por terem culturas e idiomas parecidos. Essa divisão política facilitou a invasão por povos vizinhos e mais a frente, a derrubada de todo o império.

A sociedade era estamental, dividade em linhas de nobreza, cobradores de impostos, sacerdotes e camponeses. As edificações maias contemplavam altíssimo nível de complexidade e sofisticação arquitetônica. Os templos eram construídos rente ai alinhamento com as estrelas e de forma com que pudessem ser observadas da melhor forma possível.

Devido aos estudos astronômicos extremamente sofisticado desse povo, foram capazes de confeccionar os calendários mais precisos que o mundo já vira, como também previsões de eventos astronômicos que podem ser constatadas até os dias de hoje. Sua matemática era muito complexa, contemplando casas decimais e a existência do zero.

Agricultura e Economia

Os maias possuíam relações mais próximas com povos vizinhos, com os quais efetuavam trocas de mercadorias e outras relações políticas e comerciais. Cultivavam tubérculos, feijão, milho e outros, além de possuírem alto padrão de sofisticação no artesanato, na confecção de tecidos e no tingimento de roupas coloridas.