Uma matéria importantíssima em seu caráter e responsabilidade social, a história tem como objetivo observar o passado a partir de inquietações provindas do tempo presente.
Como disciplina escolar e matéria cobrada nas principais provas do país, ter conhecimento de história na medida em que seja possível compreender os processos e as continuidades entre eles é algo fundamental para explorar os fatos, as culturas, os imaginários, a economia, entre outros assuntos.
O conflito ou guerra de Yom Kippur foi uma batalha armada de um longo conflito militar entre Israel, Egito e Síria. Entenda mais sobre esse evento aqui no Dicas Free.
A derrota do Egito e da Síria da Guerra dos Seis Dias para o Estado de Israel simbolizou o início de uma campanha de ódio contra a presença judaica no Oriente Médio. Os dois países, apesar de derrotados, não deixariam de apresentar suas resistências contra Israel em 1973.
Durante o festival do perdão ou como é conhecido em Israel por Yom Kippur, os dois países estrategicamente posicionaram suas tropas divididas em dois polos e organizaram o ataque aos postos militares de Israel. Como os judeus estariam ocupados com os preparativos de sua data cultural, os esforços militares estariam em baixa e seria a oportunidade perfeita.
Egito e Síria desejavam recuperar os territórios perdidos no conflito anterior e iniciaram seu ataque no dia 6 de outubro daquele ano. Iniciado o conflito, Israel obteve grandes baixas e a estratégia parecia ter dado certo. Com o apoio dos Estados Unidos, em questão de semanas, os judeus conseguem expulsar egípcios e sírios de suas terras e retomar sua autonomia política.
Após o término do conflito, as relações do Egito com a União Soviética passaria a ser cada vez menor com sua aproximação com os Estados Unidos. No caso da Síria, o regime ditatorial de cunho levemente socialista se aproximou ainda mais da então União Soviética.
O Bloqueio Continental foi uma das estratégias mais ousadas do grande conquistador francês Napoleão Bonaparte. Entenda como isso funcionou clicando aqui !
Alguns anos após a Revolução Francesa, um grande militar da região chamado Napoleão Bonaparte assumiria o poder no país e instituiria uma espécie de nacionalismo imperialista que elevaria a França como grande potência militar na Europa. A atuação de Napoleão serviu principalmente para que os reis absolutos “regidos e escolhidos pela ordem divina de Deus” perdessem seu poder em suas nações, divulgando assim o caráter iluminista.
Logo, Napoleão conquistaria grande parte da Europa e elaboraria um plano para enfraquecer a Inglaterra, visto que um ataque pelo mar contra a maior marinha do mundo não seria opção vantajosa ao conquistador. Dessa forma, o Bloqueio Continental impediria as relações comerciais entre a Inglaterra e os demais países europeus de posse ou não de Napoleão.
Bloqueio Continental
Decretado em 21 de Novembro de 1806, o Bloqueio Continental impedia imediatamente que todos os países de posse do império francês se relacionassem economicamente com a Inglaterra. Nenhum dos portos do oeste europeu poderia receber navios britânicos sob pena de invasão francesa.
Algumas nações que não pertenciam ao império francês como Portugal, por exemplo sofreram ameaças expressas de invasão caso não aderissem ao bloqueio. No caso de Portugal, o monarca Dom João VI evitou responder as pressões tanto de Napoleão como da Inglaterra o máximo de tempo possível.
Em 1907, a Inglaterra informa as nações que aderiram o o bloqueio de que qualquer navio, ainda que neutro, poderá ser capturado pela marinha inglesa, tendo sua carga roubada e o próprio navio leiloado. Essa atitude gerou uma intensa instabilidade política nas províncias na Napoleão.
Em 1808, quando Napoleão envia tropas ao Reino de Portugal, a Inglaterra interessada no intenso comércio da duradoura relação econômica com Portugal oferece um escolta da família real até o Brasil, onde Dom João VI rebatiza o Rio de Janeiro como sede do Império Unido de Portugal, Brasil e Algarve.
Logo o Bloqueio Perderia sua força graças ao descontentamento das nações com as atitudes autoritárias de Napoleão Bonaparte.
Os franceses e os holandeses tentaram estabelecer colônias em território português na América (Brasil), porém não tiveram sucesso. Saiba quais foram as principais tentativas de ambos os países.
Após Espanha e Portugal se consolidarem como pioneiros nas grandes navegações, essas duas nações chamadas de nações ibéricas elaboraram um tratado de divisa do Novo Mundo entre elas. Conhecido como o Tratado Tordesilhas, esse documento delimitava o que seria de domínio espanhol e o que seria de domínio português.
Por serem as únicas nações essencialmente católicas ainda restantes na Europa, os ibéricos se achavam no direito moral e religioso de colonizar e pregar o evangelho da igreja católica na América. Além de terem a certeza de que suas descobertas era a confirmação divina do apoio de Deus a Ibéria.
Logo as outras nações europeias se sentiriam no direito de usufruir também das terras encontradas pelos ibéricos. Sendo assim, movidos pelo imperialismo do século XVI, países como França e Holanda tentaram estabelecer colônias nos territórios então pertencentes a Espanha e Portugal.
As invasões Francesas e Holandesas
A maios invasão francesa na colônia se deu logo após de sua primeira no Rio de Janeiro, onde estabeleceram por pouco tempo na ilha de Villegaignon. Acontecida na província do Maranhão, os franceses estabeleceram uma cidade a qual chamaram de Saint Louis, em homenagem ao monarca Luis daquele país em 1612.
Após algumas batalhas contra tropas portuguesas, os franceses foram expulsos cerca de 3 anos depois em 1615 e a cidade que deixaram hoje é a capital do Estado do Maranhão, a atual São Luis. Essa expedição francesa também ficou conhecida como França Equinocial.
Os holandeses tiveram muitas oportunidades de ocupar territórios luso brasileiros. Foram mais de 4 investidas com a intenção de colonizar. Em 1630, conseguem êxito ao ocuparem áreas provinciais do nordeste, estabelecendo-se principalmente em Pernambuco. Esse episódio é conhecido em nossa história como Brasil holandês.
Nesse estágio, o famoso governante Maurício de Nassau chega em terras pernambucanas 1637 e estabelece um governo relativamente próspero e abrasivo. Porém, em 1644, levantes oposicionistas contra os holandeses começaram a surgir e 1625, inicia-se o que ficou chamado de insurreição pernambucana.
Com o auxílio de tropas portuguesas, os holandeses finalmente foram expulsos de pernambuco em 1648, sendo expulsos em sua totalidade do território brasileiro apenas em 1654. Foi de fato a mais bem sucedida invasão estrangeira na colônia portuguesa do século XVII.
Escritor e cronista do império português do século XV, Fernão Lopes foi de vital importância para a historiografia. Saiba mais sobre a vida desse importante sujeito.
Fernão Lopes foi um dos cronistas mais importantes do império português no início do século XV. Além de escritor, Lopes trabalhou como historiador, relatando os fatos e quotidiano de vários monarcas de Portugal em sua época. Pelos trabalhos bem feitos e reconhecidos com horaria pelos reis, Fernão Lopes ganhou bastante reconhecimento na nobreza.
Biografia
Nascido provavelmente em 1480 na cidade de Lisboa, o jovem filho de camponeses frequentou Escola de Catedral na mesma cidade. Não se sabe ao certo como ele chegou a trabalhar na Torre do Tombo, mas registros históricos do lugar informam que Fernão Lopes adquiriu o cargo de guarda-mor, considerado de grande confiança do Estado.
Seu talento logo fora parar na corte, onde fora tabelião e escritor oficial. A pedido da própria corte, Fernão Lopes foi incumbido de relatar historicamente em obras a vida dos seis primeiros reis de Portugal, além de demais fatos históricos importantes do século XIV e XV.
Até hoje, os manuscritos feitos por Fernão Lopes são utilizados como fontes históricas. Os mais conservados são as Crônicas Del-rei D. Pedro, Crônica Del-rei D. Fernando e Crônica Del-rei João I. O trabalho bem elaborado e de certa forma crítico foi bem recebido pelos monarcas de seu tempo.
Quando D. Duarte assume o trono de Portugal, recompensa as atitudes de Fernão Lopes com um título de nobreza e uma pensão imperial de 14 000 réis anuais. Além disso, o monarca fez de seu escrivão o mais novo Vassalo Del-rei, posição que legitimava ainda mais seu título de nobreza.
Em 1454, acredita-se que Fernão Lopes tenha se retirado da Torre do Tombo devido a idade avançada. Logo foi substituído por outra pessoa em seu cargo de guarda-mor. O cronista possivelmente faleceu pouco tempo depois de sua retirada da Torre do Tombo, na cidade de Lisboa.
A Guerra do Contestado se iniciou essencialmente pela insatisfação popular com os devaneios da república para com os trabalhadores e ruralistas. Entenda melhor sobre esse episódio histórico aqui no Dicas Free.
Acontecida durante o período de 1912 a 1916, a Guerra do Contestado foi um conflito que envolveu interesses políticos, religiosos e levantes populares. Deu-se na Região Sul do país, em terras entre os Estados do Paraná e Santa Catarina por onde estava sendo construída a estrada de ferro de São Paulo ao Rio Grande do Sul.
Mesmo antes da vinda da estrada de ferro construída por uma empresa norte americana, as disputas de terras entre os Estados de Paraná e Santa Catariana já conturbavam a vida dos camponeses e trabalhadores rurais que viviam nas redondezas. Esse motivo somado a outros futuros desencadeará o famoso conflito.
O Início
Com a cinda da estrada de ferro, muitas propriedades foram desapropriadas pelo Governo do Brasil, o que fez com que família de trabalhadores rurais ficassem sem as suas terras para trabalhar, aumentando consequentemente o desemprego na região.
Além disso, grandes lotes de terras foram desapropriados e vendidos a empresários ligados a construção da estrada de ferro. Nesses lotes, foi construída uma empresa madeireira que desabrigou um grande número de famílias.
A situação viria piorar quando a estrada de ferro terminasse e os trabalhadores vindos de todos os cantos do país ficassem para trás sem nenhum auxílio governamental ou empresarial. Dessa forma, a insatisfação popular para com a república se intensificou e algumas figuras religiosas passaram a ter mais representatividade de liderança.
O Desfecho
Com promessas da construção de um mundo melhor, baseado nas leis e ordenações de Deus, justo e pacífico que elucidavam o povo dessas terras, o principal beato José Maria tornou-se líder da resistência contra as medidas republicanas. A agitação causada pelas ideias do beato logo chegariam as autoridades que declarariam-no inimigo da república.
Dessa forma, vários contingentes policiais e militares foram enviados para conter os avanços dos camponeses entre os dois Estados. Munidos de poucas armas e sem experiência em campo de batalha, os camponeses utilizaram de sua força de vontade e fé na provisão divina para enfrentar as tropas republicanas.
Em um dos conflitos iniciados em 1912, os camponeses acabaram por vencer as tropas federais, porém o líder José Maria acabou por falecer vítima de guerra. Após a morte do beato, outros líderes assumiram a frente para continuar o movimento. Esses líderes eram: Chico Ventura, Aleixo Gonçalves, Antonio Tavares, Venuto Baiano, Bonifácio Papudo, Alemãozinho e Adeodato Ramos.
O conflito só se encerraria em 1916, quando o último líder do último foco de resistência restante, Adeodato Ramos foi capturado e preso pelas tropas federais. O movimento se desfigurou e a vitória da república estava eminente.
O Império Romano enfrentou diversas revoltas de escravos principalmente nos tempos finais de sua estabilidade. Entenda como se deu a revolta de Espártaco.
O Império Romano foi um dos maiores e mais influentes impérios que o mundo já conheceu. Os romanos eram temidos em quase todos os cantos do Velho Mundo e suas províncias ocupavam grandes espaços de terras na Europa, na Ásia, no Oriente Médio e também na África.
A decadência desse gigantesco império se deu por vários motivos econômicos, por inúmeras invasões e adentramentos dos povos germânicos e pelas agitações sociais que pediam mudanças estamentais no grande império.
Os movimentos sociais que aconteciam em roma eram essencialmente baseados em ideias e mudanças, ficando conhecido como revoltas. A chamado Terceira Revolta Servil, ou também A Revolta de Espártaco foi um episódio solene e de grande simbolismo para a resistência escrava no império.
A Revolta de Espártaco
Por volta de 73 A.C. o Império Romano possuía base essencialmente escravista, onde mais de 80% do império eram escravos controlados pelos romanos. Essa base sustentava todas as regalias e economia do império, uma vez que Roma tivesse muitas legiões e ótimas estratégias para contornar possíveis revoltas.
Espártaco (Spartacus) era conhecido por ser um grande gladiador de Cápua, cidade italiana onde pertencia ao mercador e dono de Ludos (centro de treinamento de gladiadores) Betiato (Batiatus). Após assassinar seu senhor e fugir, levando consigo um grande contingente de escravos gladiadores do Ludos, Espártaco, munido de ideias revolucionários para o fim da escravidão, atraiu mais e mais escravos fugidos e livres ao seu grupo.
O Império resolveu abafar a situação o máximo que pôde. Porém, o aumento do contingente das milícias de Espártaco, os inúmeros saques atribuídos a eles e a derrota de algumas legiões romanas em campo de batalha fez com que a situação alcançasse um nível de importância cada vez maior aos governantes.
O medo a instabilidade causada pelas ações de Espártaco fez com que o império utilizasse de mais legiões para combate-lo ferozmente. Geralmente munidos de facas de cozinha e armas mais simples, as tropas de escravos não eram bem treinadas como os soldados romanos, mas conseguiam mais experiência e adquiriam armas a cada vitória. Ao todo, estima-se que Espártaco tenha reunido cerca de 100.000 escravos.
O contingente se dividiu e a parte liderada por Espártaco partiu em direção a capital romana. O general romano Licínio Crasso reunião 10 legiões romanas para enfrentar as milícias de Espártaco. Esse contingente equivalia cerca de 60.000 homens bem treinados. As investidas contra os escravos tiveram sucesso e especula-se que Espártaco tenha sido morto em batalha e seu corpo tenha sido perdido.
A forma de pressão e ataque psicológico utilizada pelo império romano para impedir que mais revoltas acontecessem foi a de crucificar cerca de 6.000 escravos na Via Apia. Apesar de muito efetivo, esse ato não pode conter o desmoronamento do império.
A Guerra dos Canudos foi resultado de um levante popular com pretensões também religiosas do povo nordestino. entenda mais sobre esse solene episódio de nossa história.
Documentado e relatado também por Euclides da Cunha, o conflito de Canudos representou de forma essencialmente particular as ideologias e diferentes opiniões a respeito da república brasileira e de todo o sistema político e tributário do país, principalmente na Bahia.
A região de Canudos no interior do sertão baiano foi o palco de um dos maiores conflitos internos do Brasil durante o século XIX. Iniciado em 1896, o conflito duraria até o ano seguinte, quando finalmente se finda graças ações militares brasileiras.
O Arraial de Canudos ou Belo Monte
As altas taxações e tributos cobrados pela república brasileira perturbavam e dificultavam ainda mais a vida sofrida de milhares de pessoas nos sertões da Bahia. Vivendo muitas vezes em estado de miséria, essas pessoas e suas famílias acabavam por fugir das cobranças e adentrar ainda mais no interior.
Devido a estagnação dos problemas da miséria, fome e sede, o beato Antônio Conselheiro inicia sua doutrina religiosa para com os moradores das redondezas de Canudos. Esperançosos em suas promessas de vida próspera, justa e regida de acordo com as regras de Deus, grande parte dos moradores e desabrigados seguem Antônio Conselheiro, deixando para trás o trabalho e até mesmo suas poucas posses.
O contingente de seguidores só aumentava quando os latifundiários, já prejudicados pela perca de sua mão de obra denunciam e acusam Antônio Conselheiro para o Governo. Dentre as acusações, o latifundiários alegaram as tendências monarquistas do beato e desobediências as leis brasileiras.
Considerado inimigo da república, logo tropas policiais viriam averiguar a situação do povoado que se erguia. Com cerca de 25 000 habitantes, Belo Monte estava a cada dia mais próspera desde 1893. A chegada das tropas militares daria início a guerra contra as famílias sertanejas do local.
As batalhas
Ao todo foram quatro batalhas até que o Exército Brasileiro pudesse vencer o contingente de Belo Monte. As três primeiras investidas militares não tiveram sucesso, apesar de terem custado a vida de muitos sertanejos baianos. O primeiro conflito ocorreu em novembro de 1896 entre o destacamento policial pedido por Juazeiro de cem homens.
No conflito, as baixas dos sertanejos foram maiores que as do contingente policial, que perdeu 10 homens, além de 17 feridos. Porém, a ferocidade do ataque fez com que o medo de novos ataques retirassem as tropas policiais.
Já em janeiro 1897, uma segunda expedição militar tentou combater os revoltosos de Belo Monte. Nessa ocasião, os soldados foram repelidos com facilidade pelos sertanejos, apesar das baixas. Armas abandonadas ou até mesmo retiradas dos soldados foram aproveitadas pelos sertanejos que se fortificavam cada vez mais.
Em março do mesmo ano, uma expedição do Exército fora resolver o então problema de foco monarquista de Belo Monte. Antônio Moreira, conhecido com o Corta Cabeças foi encarregado da expedição, considerado herói militar no Brasil. O contingente de 1300 homens foi vencido pelos jagunços e sertanejos já munidos de armas e com mais experiência de combate. O próprio Antônio Moreira foi morto em combate e seu oficial sucessor também foi assassinado em combate no mesmo dia. Com a perda dos comandantes, o restante da tropa bateu em retirada.
A última expedição comandada pelo Arthur Oscar de Andrade teve também dificuldades em adentrar no arraial de Belo Monte. O clima desfavorável e a precariedade de abastecimento das tropas enfraqueceu os soldados e dificultou as investidas. Depois de resolvido o problema de abastecimento, as tropas monidas de armas pesadas e canhões conseguiram adentrar o arraial. No dia 22 de setembro, Antônio Conselheiro morre vítima de disenteria. A morte do líder abala o povoado e facilita a entrada das tropas do exército brasileiro.
Ao fim de outubro, todos os moradores são degolados numa operação chamada de Gravata Vermelha, ordenada pelo general Oscar de Andrade. Isso se configurou num dos maiores crimes cometidos em solo brasileiro.
Manuel Bandeira foi um dos principais poetas literatos brasileiro no século XIX. Entenda mais sobre a vida desse ícone de nossa cultura clicando no post.
Manuel Bandeira nasceu no dia 19 de abril de 1881 na cidade de Recife, no Estado de Pernambuco. Filho de proprietários rurais e parente de políticos e advogados, Manuel teve uma infância cercada de informações e intelecto. Logo, seus pais se mudariam para a capital do país, Rio de Janeiro, onde o pequeno poeta teria a chance de estudar no Colégio Pedro II.
Em meados de 1904, matricula-se no curso de Arquitetura em São Paulo, mas em decorrência dos surtos de tuberculose, teve de abandonar o curso pelo estado de saúde. Os tratamentos no Brasil – feito nas cidades de Teresópolis e Petrópolis – não deram resultados satisfatórios, o que o obrigou a buscar tratamentos alternativos na Suíça em 1913.
O contato com as correntes de pensamento europeias e com o ainda jovem Paul Éluard, evoca as tendências modernistas em Manuel Bandeira enquanto residente do Sanatório de Chavadel ainda naquele país. Se especializou no estilo de verso livre, onde logo mais seria considerado o mestre dessa categoria no Brasil.
Em 1917, já de volta ao Rio de Janeiro, Manuel Bandeira entrega-se aos deleites da literatura, onde publica algumas de suas obras mais importantes. Ao contato com as elites intelectuais e artísticas de São Paulo, envia o poema “Os Sapos” para ser lido durante a Semana de Arte Moderna em 1922.
Apesar de ter sofrido com a tuberculose e ter o estado de saúde baixo, Manuel ainda viveu para ver a morte de sua mãe, sua irmã e seu pai, este último em 1920. Devido ao sucesso de suas obras, foi convidado e eleito para assumir um cargo na Academia Brasileira de Letras em 1940. Logo mais, o escritor viria a falecer só em 1968, no dia 13 de outubro.
Suas principais obras foram: Os Sapos, As Cinzas das Horas, Vou-me Embora para Pasárgada, Evocação do Recife, Carnaval e Libertinagem.
A Independência dos Estados Unidos marcou uma era e permitiu que as glórias do liberalismo pudessem ser mostradas ao mundo da maneira mais icônica. Veja mais sobre essa fato histórico.
Os Estados Unidos da América como hoje é conhecido era bem diferente em seus tempos coloniais. A começar pelo nome, chamado de Treze Colônias, exatamente por serem treze províncias inglesas diferentes em território do Novo Mundo.
Em qualquer uma das treze colônias inglesas na América do Norte, todos os cidadãos eram ingleses e serviam a coroa da Inglaterra. O sentimento de nacionalismo ainda não se aflorava devido ao imaginário de pertencimento britânico.
Os ingleses que se aventuraram nesses territórios do Novo Mundo foram em grande parte para fugir da enorme orgia que era a Europa, tentando estabelecer Estados mais religiosos e liberais sem se desvincular a coroa.
Outros motivos essencialmente aventurescos ou apenas o desejo de mudar de vida foram suficiente para que mais ingleses viessem as colônias. De início, esses territórios tinham uma certa liberdade econômica e comercial dada pela Inglaterra e isso os permitiu prosperar e crescer em vários sentidos.
O descontentamento dos colonos
Os cenários históricos de uma grande potência mundial nunca são estáticos. Por isso, durante os processos de colonização das treze colônias, a Inglaterra e a França entraram em um conflito armado conhecido como a Guerra dos Sete Anos, que perdurou entre 1756 a 1763.
Esse conflito custou muito da economia inglesa nos esforços de guerra. A coroa teria que resgatar todo o capital perdido de algum lugar e fez isso aumentando as taxas e impostos das treze colônias e diminuindo seus direitos comerciais. Algumas leis como a Lei do Chá, a Lei do Selo e a Lei do Açúcar, impediam que os colonos comercializassem esses produtos essenciais com outros países, além de aumentar as taxas dos mesmos.
O descontentamento se tornava cada vez mais generalizado nas treze colônias inglesas. o Episódio da Festa do Chá de Boston, onde colonos embriagados e vestidos de índio invadiram uma embarcação inglesa de chá e lançaram a carga ao mar, foi apenas uma de várias manifestações contra o controle inglês.
Os congressos de Filadélfia
O primeiro Congresso de Filadélfia 1774 não possuía posicionamento político separatista. Foram redigidos uma quantidade de pedidos a Inglaterra para retomar os direitos dos colonos ingleses. No entanto, o monarca inglês George III refutou todos os pedidos, além de aprovar mais leis que diminuíam dos direitos dos colonos e feriam sua honra.
O segundo Congresso de Filadélfia 1776 foi essencialmente separatista. Os colonos ingleses já cansados do tratamento da Inglaterra para comas colônias redigiram a Declaração da Independência dos Estados Unidos (nomenclatura feita pela união das colônias contra a coroa). A declaração não foi aceita pela Inglaterra que declarou estado de guerra contra seus colonos.
A Guerra da Independência
As batalhas da independência dos Estados Unidos ocorreram entre 1776 e 1783. O novíssimo Estado americano procurou apoio da França (que ainda se posicionava contra o domínio inglês principalmente por ter perdido a guerra dos sete anos) e da Espanha que possuía interesses em várias terras da América do Norte.
Graças ao apoio dessas duas potências da época, os Estados Unidos venceram a guerra da independência e construíram um Estado baseado no Federalismo e no Liberalismo, com fortes tendências iluministas, mantenedor da escravidão e a garantia da propriedade privada. Esses e outros direitos foram assegurados na Constituição dos Estados Unidos promulgada em 1787.