Uma matéria importantíssima em seu caráter e responsabilidade social, a história tem como objetivo observar o passado a partir de inquietações provindas do tempo presente.
Como disciplina escolar e matéria cobrada nas principais provas do país, ter conhecimento de história na medida em que seja possível compreender os processos e as continuidades entre eles é algo fundamental para explorar os fatos, as culturas, os imaginários, a economia, entre outros assuntos.
O Barroco foi um estilo artístico que vigorou principalmente nos continentes americanos. Entenda quais contextos históricos permitiram o surgimento desse modelo icônico de nossa história.
Ao adentrar numa igreja barroca de Minas Gerais, o visitante se sente pequeno diante a tal grandiosidade e riqueza ostentada pelas toneladas de ouro e pelo nível de detalhes nas estátuas, paredes, colunas e pinturas. Esse é o efeito tradicional do Barroco no Brasil e o que perdurará até meados do século XVII.
Como forma de manter a tradição e de engrandecer o espírito, o barroco deixou grandíssimas obras artísticas como legado a nossa cultura. Até hoje, as edificações nesse estilo são os pontos turísticos mais visitados e apreciados pelos brasileiros e estrangeiros que vem ao país.
Contexto Histórico do Barroco
Surgido na Europa no início do século XVI, o barroco foi uma espécie de reencontro com a tradicionalidade cristã e a valorização da fé e grandeza divina. Num cenário onde a separação da igreja católica e o surgimento das igrejas protestantes conturbavam a fé das nações ibéricas, a manutenção do imaginário era traduzida em forma de arte.
As influências tanto desse embate religioso como também das ideias Renascentistas foram essenciais no desenvolvimento desse tipo artístico. As grandes indagações e opostos eram explicitados no barroco frente a frente como “o pecado e o perdão”, “o homem e Deus”, “a carne e o espírito”, entre outros.
Geralmente buscando elucidar temas religiosos, essas artes eram patrocinadas pelos monarcas europeus e no caso brasileiro, pelos grandes latifundiários ou donos de minas auríferas. O requinte e o detalhismo elucidam o renascimento com elementos e feições greco romanas aos personagens, mesmo sendo bíblicos.
Camilo Castelo Branco foi um escritor português do século XIX muito exótico e de história dinâmica e controversa. Entenda o motivo clicando no post.
Autor de obras conhecidas como A Queda do Anjo, Anátema e Amor e Perdição, Camilo Castelo Branco encontrava em sua própria vida a inspiração para tantos romances. Para esse escritor português, a palavra moralismo era simplesmente desvaneio quando o assunto eram os amores que lhe palpitavam a alma.
Castelo Branco nasceu em meados de 1825 na cidade de Lisboa. Até os 8 anos de idade, o pequeno garoto veria seu pai e sua mãe morrerem, o deixando órfão. Esse desencontro da vida fez com que ele pudesse morar com sua tia, Rita Emília, com quem foi educado e criado até os 16 anos de nada.
Depois de se casar, deixa a esposa e parte para a cidade do Porto na tentativa de cursar medicina. Apesar de ter deixado a esposa, ainda era casado com ela, fato que não o impediu de ter um caso com sua prima, Patrícia. Pego em adultério, foi preso por esse motivo. Depois da morte de sua esposa, Castelo Branco se vê livre para se casar com a própria prima e assim o faz.
Quando Patrícia engravida, o jovem escritor a deixa assim como a primeira esposa, por ter se apaixonado por outra mulher de nome Ana Plácida. Apesar de tudo, Castelo Branco é deixado por ela e ingressa em um seminário onde se apaixona por uma das freiras. Após sair do seminário, retorna a ter laços amoroso com Ana Plácida e os dois são presos por adultério .
Apesar das acusações, ele e Ana são absolvidos no tribunal e ambos continuam suas vidas amorosas, oficializando a relação em 1888. Com ela, Castelo Branco teve dois filhos. Uma de suas obras “Amor e Perdição” foi escrita nos tempos em que esteve na prisão. Vendo talento na literatura, passa a basear seu sustento apenas nessa área.
Também trabalhou como tradutor e poeta em algumas ocasiões. Castelo Branco foi acometido pela sífilis, doença que lhe causou cegueira mais tarde. Talvez por esse motivo, o escritor comete suicídio no dia primeiro de julho de 1890 na cidade de Lisboa.
Os céticos com certeza nunca se enquadrarão em nenhum tipo de dogmatismo. Entendo o porque desse desentendimento filosófico aqui no Dicas Free.
Desde a antiguidade, a filosofia ocidental tem buscado atingir diferentes graus de verdade, por meio de discursos que foram considerados coesos e importantes em cada época. Esses discursos com o tempo foram sendo revisitados pelos positivistas e metódicos, ora sendo refutas, ora sendo criticados.
Apesar da nossa cultura sempre abrir espaço a crítica de tudo o que foi produzido no passado, na filosofia clássica e ciências naturais, como também o que se produz hoje, esse conceito meramente crítico já havia sido pensado no século IV a.C. O nome era a “Nova Academia” ou o Ceticismo.
O Ceticismo
Se por um lado, várias escolas de pensadores filosóficos tentavam chegar a uma verdade racional e universalizante, outros já afirmava a impossibilidade de se chegar a uma verdade pura e concreta dos fatos. Esses pensadores eram conhecidos por serem céticos, sempre tentando problematizar e criticar as correntes de pensamento vigente.
Os céticos defendiam a reflexão e a crítica acima de tudo. Refutando totalmente a possibilidade de verdades absolutas, dogmas, paradoxos religiosos e outras questões deterministas, essa corrente do pensar desenvolveu formas empíricas de comprovar suas alegações perante as demais.
O Dogmatismo
Crescendo de forma totalmente contrária ao ceticismo, o dogmatismo defende a possibilidade de se alcançar verdades puras e inquestionáveis, sem a necessidade de crítica, refutação ou reflexão para se comprovar a veracidade. Em grande parte, os dogmas são espécies de leis fundamentais ao conhecimento e vivência humana.
Geralmente associado as religiões, o dogmatismo nesse caso representa a totalidade de “verdades” canônicas da religião, onde os indivíduos devem aceitar simplesmente por ser a verdade divina. Já na filosofia e na ciência, o dogmatismo pode ser utilizado na proficiência humana em se chegar a verdades e de se obter conhecimentos válidos.
O império Bizantino foi um dos responsável pela formação ocidental e até da oriental moderna, durante esse período as leis romanas foram reiteradas e o cristianismo fortalecido, conheça mais sobre o Império Bizantino no texto a seguir.
O Império e Constantinopla
O Império Bizantino se consolidou na cidade de Constantinopla, recebeu esse nome devido ao antigo nome da cidade, Bizâncio, quando o Imperador romano Constantino resolveu mudar a capital do império romano para Bizâncio a primeira ação do imperador foi mudar o nome da cidade para Constantinopla.
A mudança da capital romana foi por vários fatores, mas o mais relevantes que se pode destacar foi a localização privilegiada de Constantinopla que ficava entre o Ocidente e o Oriente, e portante era quase que um centro comercial obrigatório para quem não queria se arriscar nos perigos do mar, ou nos terras dos bárbaros.
O Império Bizantino ficou caraterizado principalmente pela consolidadão das leis romanas e do combate as heresias de outras religiões contra o cristianismo, entretanto mesmo tendo como religião oficial o cristianismo a diversidade dentro de Constantinopla era muito grandes, muitos povos se encontravam naquela região, o surgimento de heresias era quase inevitável.
Revolta de Nika
Foi em Constantinopla que também uma das mais conhecidas revoltas populares, a chamada revolta de Nika, na qual a população durante uma corrida de bigas estava insatisfeita com o governo e saio para as ruas em uma grande revolta.
Os Imperadores
Um dos imperadores mais conhecidos no Império Bizantino foi Justiniano, ao qual teve como seu maior feito a reformulação do direito romano, no qual nos inspiramos até hoje, dai o termo, justiça, durante o reinado de Justiniano o investimento sobre agricultura e outros setores de desenvolvimento se elevaram bastante, chegando ao ápice do império bizantino.
Conflitos
Com toda a heresia que havia surgido no império, principalmente por parte do arianos, o governo resolveu toma medidas mais drásticas e destruiu todas as imagens que haviam na cidade, foi nesse mesmo período em que a capital do império romano ocidental e a capital do império oriental entraram em conflito pela igreja católica, provocando a famosa divisão das igrejas entre Romana Católica e Ortodoxa Grega, em 1453 os Turcos Otomanos tomaram a cidade de Constantinopla e assim continuou, hoje conhecida como a cidade de Istambul na Turquia.
A burguesia teve papel fundamental para a consolidação do capitalismo no mundo. Saiba como essa classe surgiu no cenário europeu.
Após a fragmentação do império franco e grande insegurança que pairava nas cidades, os nobres construíram seus castelos no campo, onde fundamentaram um novo sistema político e econômico. O feudalismo surgiu para superar esses problemas e manter a nobreza em posição privilegiada nos reinados.
Os burgueses foram a contradição dessa lógica. Ao invés de se instalarem nos feudos, essas pessoas se estabeleceram em cidades próximas as grandes feiras de trocas e utilizaram do comércio a principal fonte de riqueza. A essas cidades, davam-se o nome de Burgos, razão pela qual a derivação “burguês” é utilizada.
A consolidação da burguesia
Com o enriquecimento da burguesia, os reinados viram no comércio uma grande fonte de poder e riquezas. Logo a prática comercial foi adotada pelos novos Estados Nacionais que surgiam na Europa. Apesar de tudo, a nobreza continuava a pairar sobre todo o Estado e a igreja detinha uma grande parcela do poder em todos os sentidos.
A Revolução Francesa desarticulou esse mundo de representatividades nobres e religiosas. Tal ato desbancou o rei absoluto de seu trono, matou o representante “escolhido por Deus” (como era pregado sobre o monarca) e colocou a burguesia numa posição muito mais vantajosa para os seus negócios.
Após a revolução francesa e do avançar de Napoleão Bonaparte, a queda de vários reis europeus perante essa nova ideia mostrou ao continente a força da burguesia e a fragilidade do simbolismo religiosos e nobre. Com essa ruptura de parâmetros estamentais, a burguesia se consolida como principal classe de poder econômico em grande parte dos países da Europa.
Essa nova classe também consolidará o capitalismo como sistema econômico. Alimentando-o com as disputas comerciais e com os surtos industriais, esse novo sistema mudará não só a Europa, mas todo o mundo numa espécie de globalização que até hoje podemos ver os resultados.
O feudalismo e o capitalismo são dois sistemas muito diferentes que marcaram suas épocas com grandes transformações sociais. Entenda mais sobre esses dois sistemas de produção.
Os sistemas políticos e econômicos existiram aos montes desde que o humano se conhece como ser pensando no mundo. As maneiras de se estratificar e de organizar uma sociedade humana consolidada em diversos conceitos morais ou legislativos variaram de acordo com a cultura e diferenças diversas de cada povo.
Mesmo em lugares com os “mesmos sistemas políticos”, pode-se dizer que cada um vivia a sua maneira, com diferenças relevantes. Ao passo de que, apesar de vários países adotarem o capitalismo hoje em dia, em cada um deles esse sistema funciona de maneira diferente, adaptado as realidades e diferenças culturais de cada um.
Feudalismo
Após a queda do império romano do ocidente devido principalmente as constantes invasões bárbaras nas províncias, um novo império se formou, iniciando o período que chamamos de Idade Média. Esse era o império Franco, que tinha os domínios por quase toda a Europa, abrangendo uma grande quantidade de povos e culturas.
Por motivos parecidos com o caso de Roma, o império Franco se desfragmentou devido as muitas invasões. Com o clima de constante perigo nas cidades, os nobres e outras pessoas migraram para o campo em busca de maior segurança. Nesse novo cenário, protegidos por imensos e fortificados castelos, os nobres fazem uma espécie de sociedade com os camponeses que também procuraram por proteção.
Essa sociedade ou forma de produção é chamada de Feudalismo. Basicamente, os camponeses viviam na terra do senhor feudal (nobre detentor das terras) e lá produziam todo o alimento. Uma pequena parte do que produziam serviria para sua própria subsistência, e o restante era recolhido para o castelo.
Nesse sistema, era comum que os camponeses fossem “proibidos” de sair das terras do senhor feudal. Isso poderia implicar numa espécie de traição aquela localidade. O senhor deveria oferecer proteção militar aos camponeses de seu feudo.
Capitalismo
Apesar da grande maioria das pessoas estarem nos campos e feudos, uma classe de comerciantes se concentrava em cidades chamadas de Burgos. Desse nome, derivou-se a denominação “burguês” que conhecemos. Os burgueses compravam e vendiam uma variedade de produtos nas grandes feiras e rapidamente construíram novas articulações econômicas.
Com o crescimento do comércio e a estabilização dos Estados Nacionais, os reinos Europeus começaram a intercambiar o comércio de forma internacional. As grandes navegações portuguesas e espanholas se iniciaram para que o acesso aos produtos da Índia fossem adquiridos de forma mais rápida e mais eficaz.
Da economia baseada no comércio, surge o capitalismo. Esse sistema se acentua ainda mais com os surtos industriais na Europa, que praticamente destrói todo o mundo feudal de forma bruta e rápida. Com os camponeses transformados em trabalhadores e adentrados na cidade, as relações entre as classes estava cada vez mais visíveis.
O capitalismo vem estabelecer uma nova forma de trabalho. Muda a relação do homem com o tempo (tempo de trabalho é essencialmente seguido a risca para manter ou aumentar a produção), o modo de vida e o tipo de exploração.
As ocupações francesas em territórios brasileiros fizeram parte de um processo conflituoso europeu e do desejo imperialista. Entenda melhor clicando no post.
Após a descoberta do Novo Mundo pela Espanha e por Portugal, essas duas nações as quais chamamos de ibéricas, decidiram fazer uma grande partilha das novas terras entre elas. Para as nações ibéricas, o sucesso na descoberta desses novos territórios era a maior prova de sua pré disposição divina de conquista e de levar o catolicismo a todo o mundo.
Apesar de igualmente cristã, o restante da Europa estava experimentando as doutrinas protestantes, diminuindo consideravelmente o poder da igreja católica naquele continente. Dessa forma, a partilha das novas terras feitas por Espanha e Portugal (Tratado de Tordesilhas) soou estranho e injusto para as demais nações.
Como a imensidão de terras descobertas não poderiam ser vigiadas em todos os cantos pelas duas nações ibéricas, outros países europeus financiaram expedições para também ter alguma terra e expandir seus lucros e poderes imperialistas. Essas ocupações são chamadas de “invasões”, tendo em vista que Espanha e Portugal reconheciam aquelas terras como pertencentes a Ibéria.
Ocupações francesas
Vários países europeus tentaram estabelecer colônias em território português e espanhol. A França foi um dos reinos que se lançou nas expedições ultramarinas, estabelecendo um série de colônias em solo americano. A chamada França Antártica foi a primeira tentativa francesa de se estabelecer em território luso americano.
Vindo ao Brasil em 1555, a expedição francesa tentou se estabelecer na Bahia de Guanabara sem nenhum sucesso. Depois se estabeleceram na Ilha de Serigipe, onde estabeleceram fortificações e constituíram uma espécie de vila colonial chamada Villegagnom.
Essa expedição contava com francesas protestantes, católicos e calvinistas trabalhando juntos. Devido as diferenças de crenças e doutrinas, logo Villegagnom se auto destruiria e grande parte dos moradores seria executados entre si. A expedição portuguesa de 1560 daria por fim a ocupação francesa na ilha.
Já em 1587, a França tinha como grande objetivo dominar quase todo o nordeste brasileiro. Com grandes planos de ocupação territorial e uma grande aliança com várias etnias indígenas, o grande plano acabou não dando certo devido a crises políticas e econômicas na Europa. Apesar disso, os franceses ainda continuaram a vir ao nordeste, recolhendo pau brasil e estabelecendo pequenas vilas e fortificações. Foram expulsos em 1597 por tropas do capitão mor de Pernambuco.
Também em 1594, a presença francesa em terras do Brasil colônia ainda perduravam e prosperavam na Ilha de Saint Louis, um nome dado em homenagem ao monarca francês Luis. Localizada no atual Estado do Maranhão, hoje o local ainda preserva o mesmo nome em português, São Luis. Os franceses que ali se estabeleceram foram expulsos de m 1615 pelos portugueses. Essa colonização francesa ficou conhecida como França Equinocial.
Além dessas invasões, a frança era conhecida por seus corsários, ou seja, piratas que roubavam navios e saqueavam fazendas nas colonias. Várias ilhas no Brasil serviram de ponto de encontro ou esconderijo dos corsários franceses, inclusive a atual ilha de Fernando de Noronha, parte do território de Pernambuco.
A última disputa francesa com relação aos territórios brasileiros se deu já no século XIX, com relação aos limites territoriais da Guiana Francesa para com o Estado do Amapá no Norte brasileiro.
A antiga URSS foi de total importância para a construção do mundo em que hoje vivemos. Saiba o porque dessa participação essencial do grupo comunista no cenário internacional.
A URSS, conhecida também como União Soviética, foi um grande bloco econômico que reuniu a princípio cerca de 16 países, dando-a dimensões continentais no mapa do velho mundo. Essa grande união de repúblicas socialistas se iniciou com os processos de formação do estado russo, desde a primeira Revolução Russa em 1905.
Devido a forma de vida bastante feudal que ainda se mantinha na Rússia no século XX, o país era considerado atrasado em comparação com os demais países principalmente europeus. Com a construção de estradas, alguns polos de industrialização se assentaram em território russo, como em Moscou, por exemplo. Esse grande contraste fez com que a indignação popular se acentuasse contra os mandos do czar.
A Revolução Russa de 1917 daria fim aos tempos do czar, em detrimento principalmente das ações do Partido Bolchevique. As pretensões radicais do partido acabaram por fundar em 1922 a Unidão das Repúblicas Socialista Soviéticas. Inicialmente, a URSS tinha os países participantes: Rússia, Bielorrúsia, Ucrânia, Estônia, Lituânia, Transcaucásia, Moldávia, Georgia, Letônia, Azerbaijão, Armênia, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguizão, Cazaquistão e Tadjiquistão.
As crises capitalistas e a Segunda Guerra
O bloco comunista, por se diferenciar dos demais blocos existentes, experimentou um grande crescimento econômico. Por se tratar de uma nova forma econômica fundamentada em outras bases, as grandes crises capitalistas não afetaram a URSS como a Crise de 1929, por exemplo.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, as forças soviéticas eram uma das mais opositoras contra o Eixo. A URSS conseguiu fazer grandes investidas nos territórios alemães até chegar em Berlim, vencendo a guerra juntamente aos Estados Unidos e as forças aliadas.
O grande impasse dessa vitória foi que, diferente dos Estados Unidos, a URSS era comunista. A distância ideológica dos regimes políticos e econômicos gerou uma espécie de confronto sem conflito armado, o qual hoje chamamos de Guerra Fria. Esse conflito durou algumas décadas até 1991.
Apesar de não se enfrentarem diretamente., muitos conflitos envolvendo as ideologias comunistas e capitalistas foram patrocinados pelos dois grandes países representantes. Até hoje, alguns países como Cuba e China, ainda persistem no comunismo, mesmo que de forma diferenciada do que era empregado na antiga URSS.
As relações entre a classe operária ou proletariado com os grandes burgueses industriais eram as mais tensas possíveis durante a Revolução Industrial. Saiba o porque disso aqui no Dicas Free.
A chamada Revolução Industrial de fato, revolucionou o mundo em grandíssima escala e em todos os sentidos. A mudança da dinâmica de trabalho e produção transformaria uma infinidade de valores culturais e econômicos, como também tornar-se-ia um modelo de civilidade e desenvolvimento a ser seguido por centenas de países.
Iniciada primeira na Inglaterra do sec XVIII, essa revolução apesar de tão significativa no processo histórico mundial, não ocorreu de forma assustadoramente bombástica. A própria revolução foi processo longo e abrangente nas continuidades e rupturas. A Inglaterra foi palco de uma convivência entre as práticas industriais e não industriais.
O início da Revolução
Os modos de produção na Inglaterra e também em grande parte da Europa, obedeciam o princípio das corporações de ofício. Geralmente nas casas dos mestres ou em lugares de aprendizado, a produção de uma variedade considerável de bens e objetos manufaturados era ensinada e praticada pelo mestre e aprendizes.
Esse modelo, apesar de coeso em si mesmo, não era capaz de produzir tanto. Geralmente o suficiente para a comunidade entorno da corporação ou para abastecimento de mercados. As primeiras indústrias vieram dos investimentos nas primeiras máquinas de tecer, que acelerava muito o processo e aumentava a produção.
Dessa forma, a Inglaterra dava um salto na produção têxtil. Em grande parte dos casos, os trabalhadores ainda trabalhavam em suas casas e nas corporações, porém com a diferença de terem metas de produção e de terem os materiais e máquinas financiados pelos empresários.
O ambiente era propício a convivência de indústrias e corporações, tendo em vista que uma prática não substituiu a outra. O avanço da indústria foi linear e consideravelmente lento no início. O cenário mudaria de forma mais abrupta durante a segunda revolução industrial, onde as máquinas a vapor e as locomotivas transformariam a mecânica de trabalho de vez.
Nesse aspecto, o corre corre das grandes cidades já poderia ser visto. O andar solitário de cada trabalhador que mal conhece o vizinho ou todas as outras pessoas com quem dialoga, o olhar no relógio que agora indica os horários de entrada e saída das fábricas e a pobreza e miséria que se acentuava eram características marcantes desse período.
O proletariado
Karl Marx foi o responsável de nomear a classe de trabalhadores como proletariados. As relações entre os patrões e os proletários era de constante exploração. As duras jornadas de trabalho imposta pelos donos das fábricas, as péssimas condições de trabalho, a insuficiência de direitos aos trabalhadores e os salários miseráveis pagos diminuía consideravelmente a expectativa de vida dessas pessoas.
Os grandes lucros provenientes da exploração do trabalho e da produção advinda desta, geravam uma qualidade de vida infinitamente superior as famílias burguesas na Europa. Muitos autores descrevem a massa de trabalhadores como uma multidão de sujos miseráveis que se assentava nas cidades.
Todos esses fatores acabou eclodindo nas primeiras greves trabalhistas e na busca pelos direitos a segurança no trabalho, melhores salários e menores cargas horárias. Para suprir a perda na produção, outras indústrias surgiram nesse aspecto e muitas delas readaptaram o processo industrial para que se produzisse em menos tempo, como foi o caso da Ford.
Até hoje, as relações entre empresas e trabalhadores são tensas, sobretudo nos países em desenvolvimento onde a oferta de mão de obra barata dá margem para vários tipos de exploração.