Inquisição da igreja catolica na idade média

A idade média foi um período de grandes mudanças e de uma nova construção cultural sobretudo na Europa. Entenda a famosa inquisição católica e outras curiosidades sobre o assunto aqui neste artigo.

Hoje em dia, muito se fala sobre a inquisição, sobretudo nas enormes discussões entre grupos de ateus ou opostos as ideias religiosas. Frases como “Daqui a pouco estaremos colocando pessoas na fogueira outra vez” já se tornou clichê nos mais quentes debates ideológicos. Mas como terá sido, historicamente, o período da inquisição católica? Quais eram as motivações? O que permitia a igreja tomar atitudes tão extremas? Essas e outras perguntas você confere nesse artigo.

A punição na humanidade

Antes de definir o que é inquisição, é interessante voltar ainda mais atrás e perceber os tipos de punições antigas. A famosa Lei de Talião já era algo comum em vários lugares do globo, onde as punições físicas e severas eram algo aceitável à população sem necessariamente estar ligada a religião. Os métodos mais famosos que estrelam em produções cinematográficas possuem raízes longínquas e continuidades assombrosas.

Empalamento por Vlad Tepes (foto: reprodução)
Empalamento por Vlad Tepes (foto: reprodução)

O enforcamento, por exemplo, pode ter surgido na antiga Pérsia como forma de punição. Esse mesmo método de punição é utilizado até os dias atuais em diversos países e também em alguns estados dos Estados Unidos. Outro método persa foi o da crucificação, que permeou entre diversas outras civilizações por muitos séculos.

O apedrejamento era comum em países do oriente médio, onde a religião era um aspecto extremamente influenciador. Essa punição era dada especialmente nas mulheres acusadas de adultério. Na Grécia, a “morte no touro” foi uma forma de punição dolorosa, onde a vítima era posta dentro de um touro de metal e aquecia até a morte devido a uma fogueira posicionada abaixo dele. A fumaça do cadáver saia pelas narinas do touro, para completar a estética da tortura..

O empalamento foi uma forma de punição surgida na babilônia, mas que se arrastou até a idade média, principalmente no reinado da Transilvânia, atual Romênia, na época de Vlad Tepes, o empalador. Também era um método utilizado pelos árabes no mesmo período e consistia em introduzir uma estaca de madeira no orifício anal da vítima até que a mesma saísse pela boca.

Em Roma, considerada a percursora da civilização ocidental, as punições corporais eram muito comuns. Aos soldados que não cumpriam as ordens ou que fizessem algo de errado durante a batalha, eram administrados linchamentos com pedradas e pauladas, além do abandono, caso sobrevivesse. Aos prisioneiros de guerra, o destino nas minas era o pior que poderia acontecer. Os que não iriam para as minas, tornavam-se escravos na cidade, podendo se tornarem gladiadores, arriscando sua vida apenas para o entretenimento das elites e do povo romano.

A inquisição na Idade Média

Como já foi possível perceber, as punições corporais para crimes e heresias eram comuns desde a antiguidade e em muitos casos, independente das ações religiosas, sendo administradas apenas pelos estados. Essa herança violenta perdurou por muito tempo.

Fogueira da inquisição (foto: reprodução)
Fogueira da inquisição (foto: reprodução)

Durante a Idade Média, na Europa, a religião predominante era a Igreja Católica Apostólica Romana. Além de ditar a conduta pessoal e moral dos europeus, a igreja católica unia os reinados sob o mesmo nome (reinados cristãos), impedindo que muitos conflitos internos fossem administrados por meio de batalhas.

Para isso, a igreja católica cria um inimigo em comum para os cristãos. Esse inimigo são os hereges. Era dever moral da Europa levar a palavra santa à outros povos e combater severamente os polos ameaçadores de heresia. Nesse aspecto, a heresia poderia estar dentro da própria Europa, em vilas e comunidades que praticavam outros tipos de religiões ou doutrinas.

Iniciada em 1184, na França, a inquisição tinha como objetivo punir pecados considerados de grande importância pela igreja católica, além de suprimir os atos de bruxaria e outras adorações que não fossem voltadas ao catolicismo. As penas mais famosas foram a fogueira, enforcamento público, afogamento, esticamento dos membros, a “pera” e a decapitação.

Essas penas eram severas, mas não fugiam do imaginário nem da normalidade dos reinados Europeus. Esse tipo de violência era, de certa forma, aceitável e o próprio povo apoiava a maioria das situações. Esse fato começou a mudar com a transformação social influenciada por diversos pensadores e também pelo protestantismo. Apesar disso, ainda demorou muito para que esse tipo de punição diminuísse consideravelmente e o próprio protestantismo acabou por utilizar métodos de punição.

Colapso do capitalismo liberal

O capitalismo é o sistema que até hoje vigora em quase todos os continentes. Entenda as mudanças desse sistema aqui no Dicas Free.

Os sistemas econômicos sempre estiveram presentes na humanidade, por mais simples que possam ter sido. Além disso, podemos chamar de economia quando a Europa começa a pensar o capitalismo e levar o sistema monetário à uma importância quase nunca antes vista.

A moeda passa a ter grande valor tanto dentro dos Estados Nacionais e também no cenário  internacional, sendo que seu valor nesses quesitos iriá depender diretamente da força econômica do país e da quantidade de metais preciosos que o mesmo contém em seu tesouro. Sendo assim, o capitalismo logo começa quando as navegações portuguesas e espanholas mostram o ” mundo novo” de possibilidades mercantis à Europa.

Fila de desempregados norte americanos durante a crise de 29 (foto: reprodução)
Fila de desempregados norte americanos durante a crise de 29 (foto: reprodução)

A industrialização que se inicia primeiramente na Inglaterra se espalha pelo globo com o tempo, levando consigo vários conceitos capitalistas e um deles é a necessidade de mão de obra assalariada e o liberalismo.

O Capitalismo Liberal

Essa ideia de capitalismo se baseava na liberdade de comércio entre empresas e compradores sem a interferência do Estado. Baseava-se numa teoria que a economia se auto sustentaria, como se uma mão arrumasse as coisas e desse continuidade ao sistema. Isso permitia que as empresas utilizassem das mais variadas estratégias, explorando funcionários, recursos naturais e acordos desmedidos sem qualquer fiscalização branda.

Esse tipo de medida deu certo por algum tempo para diversos países economicamente forte, principalmente os Estados Unidos que vinha crescendo no cenário econômico. O American Way Of Life estava a todo vapor principalmente após a primeira guerra mundial, onde a demanda de produtos norte americanos cresceu demasiadamente, em vista que diversos países europeus estavam em crise no período pós guerra.

O Colapso do Capitalismo Liberal

Pode-se dizer que o capitalismo liberal, como era conhecido, acabou durante a crise de 1929. Essa crise afetou grande parte do mundo e deixou até mesmo os Estados Unidos em uma situação bastante complicada, tanto às empresas quanto o povo estadunidense.

As empresas e até mesmo o setor agrícola norte americano produziam a todo vapor às altas demandas europeias e também de grande parte dos continente americano. As empresas cresciam demasiadamente e a contratação de funcionários a baixos salários permitiam o lucro cada vez maior.

Durante 1929, as potências europeias se recuperaram dos prejuízos da primeira guerra mundial e passaram a não necessitar de tantos produtos norte americanos como antes. Isso fez com que uma grande quantidade de produtos não fossem vendidos, os quais geraram enormes prejuízos aos empresários. Os produtos agrícolas tiveram que ser estocados a altos preços e com o tempo fez com que os fazendeiros se endividassem e perdessem suas terras.

No lado social, a mecanização de grande parte das indústrias fez com que milhares de pessoas ficassem desempregadas e sem capacidade de consumo. Com a economia sem girar, tanto fora como dentro dos Estados Unidos, a crise da bolsa de valores foi inevitável devido o despencar das ações que faliu diversos bancos e empresas. E cerca de 12 milhões de norte americanos ficaram sem emprego.

Com a economia em crise, os Estados unidos suspendeu acordos econômicos e empréstimos internacionais para se recuperar, o que atingiu dezenas de países, tornando a crise uma imensa avalanche de desastre econômico. O Brasil foi afetado pela crise, sendo que os Estados Unidos era o maior comprador do café brasileiro.

Medidas de Recuperação

Depois desse desastre econômico nos Estados Unidos, percebeu-se que o Estado deveria intervir na economia para regulamentar uma série de ações empresariais, acordos, compras, limites e demais burocracias para evitar que acontecimentos ou crises como  o de  1929 voltasse a acontecer.

Além disso, o Estado regulamentou leis trabalhistas mais rígidas e uma série de benefícios que garantissem maior segurança e estabilidade aos assalariados, além de concessão de empréstimos, obras na infraestrutura e auxilio desemprego para estimular o retorno do giro econômico no país.

No Brasil, por exemplo, a revolução de 1930 trouxe inúmeros benefícios trabalhistas e uma maior fiscalização por parte do Estado no setor empresarial, como também o estímulo industrial e exploração de recursos naturais como o petróleo.

Desenvolvimento das doutrinas de Martinho Lutero

Martinho Lutero foi um grande nome da História do mundo na era moderna. Ele foi o principal responsável pela reforma protestante e a divisão da Igreja Católica. Saiba mais sobre suas principais ideias, aqui no Dicas Free!

Martinho Lutero

Martinho Lutero foi o principal motivador da reforma protestante e participou ativamente da mesma desde que o movimento foi iniciado entre o catolicismo. A Reforma começou na Europa, por volta do século XVI. Os principais motivos para tal, foram as abusivas doutrinas da Igreja Católica e a visão bíblica de Martinho.

Tudo isso foi, especialmente, fruto de um pensamento renascentista que não deixou o teólogo em paz. Ele nasceu no ano de 1483 na Alemanha e esteve diretamente ativo na ordem agostiniana. Alguns anos à frente Martinho foi colocado como padre, contudo suas ideias eram revolucionárias demais para a época.

Foi então que o mesmo, membro da igreja, foi expulso da instituição devido as pregações cada vez mais fora do comum. A Igreja Católica vinha criando suas próprias teses e versões bíblicas desde a Idade Média, quando Martinho Lutero numa impetuosa maneira de interpretar os ensinamentos os desafiou grandemente com o protestantismo.

Doutrinas

A principal doutrina de Martinho era que todos nós só poderíamos ser salvos através da fé, a ideia foi totalmente repudiada pelo clero católico. Isso ocorreu, porque na época apenas o papa teria direito de considerar tais assuntos, ninguém ousava abordá-los e muito menos pregá-los, como Martinho fazia.

Desenho representativo de Martinho Lutero dando seus ensinamentos aos novos cristãos.
Martinho Lutero (Foto: Reprodução)

Ao contrário do que a Igreja esperava, as ideias e doutrinas do teólogo tomaram proporções absurdas e não caíram no esquecimento do povo. Sua doutrina foi levada adiante até o século XVI, quando foram repassadas livremente suas ideias e houvera a criação das primeiras igrejas luteranas.

Apesar de ter encontrado essa maneira, Lutero afirmava que desde o início não era intenção separar o povo em religiões. Contudo, suas 95 teses absorveram totalmente as pessoas, fazendo com que essas encontrassem mais sentido em sua forma de ver Deus, a bíblia e o mundo.

Ele também foi responsável pela tradução bíblica, já que essas eram encontradas somente em latim. Dessa forma, liberou o conhecimento ao povo, lembrando que esse só era dado ao papa e aos poderosos da Igreja. Com a grande quantidade de pessoas guardando e lendo o livro sagrado, logo o movimento se fortificou.

O número de protestantes cresceu incrivelmente em pouco tempo, nesse tempo Lutero necessitou de proteção por cerca de 25 anos. Essa era feita através de Sábio Frederico. Foi a partir daí que nasceram as comunidades evangélicas. Nesse tempo, teve certeza de que seus ensinamentos inevitavelmente ocasionariam a divisão do povo cristão.

Lutero se casou durante esse período com uma monja, seu nome era Katharina Von Bora e a cerimônia ocorreu no ano de 1525. Seus seis filhos aprenderam desde muito cedo o valor do protestantismo e se tornaram pregadores da verdade estabelecida pelo pai. Hoje, o teólogo é um dos principais nomes da religião protestante.

As invenções que revolucionaram o mundo

o mundo se tornou cada vez mais moderno e tecnológico com o passar dos anos. As principais invenções mundiais foram as primeiras responsáveis por tais mudanças. Para saber mais sobre elas, acompanhe este artigo.

Invenções que revolucionaram o mundo

Ao longo dos anos, muita coisa mudou. O mundo foi revolucionado por diversos fatores, principalmente devido as invenções. Hoje em dia, nós podemos conversar com uma pessoa, ainda que ela esteja há cerca de 1000 km de distância. Isso, através do uso de telefones fixos ou até mesmo aparelhos celulares.

Além disso, é possível ter informação através de mecanismos como o computador ou até televisão. Tudo está mais fácil e muito mais confortável do que era séculos atrás. Algumas das invenções que  tornaram o mundo melhor, são tão essenciais hoje em dia não é possível viver sem eles.

Um bom exemplo disso é a energia elétrica que está conosco o tempo todo. Através dela, nós temos acesso ao uso de aparelhos, bem como recarregar celulares, ligar televisores, utensílios domésticos e até clarear a nossa residência. A lâmpada foi inventada no dia 21 de Outubro de 1879 e nunca mais nos deixou, consequentemente vieram diversos benefícios há humanidade como a energia elétrica.

As invenções revolucionaram o mundo e o tornaram o que é hoje
Invenções que revolucionaram o mundo
(Foto: Reprodução)

Após descobrir que era possível haver projeção de imagens, não demorou muito tempo para que os televisores fossem criados. Isso ocorreu por volta do ano de 1842 e o grande responsável pelo feito foi Alexandre Brain. Outros grandes nomes fizeram parte dessa descoberta e foram melhorando a produção de imagens com o passar do tempo.

O carro também foi uma grande e revolucionária invenção. Devido a distância entre os lugares, era necessário ter um meio de transporte para facilitar a vida do homem. Foi então que criou-se o primeiro transporte. Não há registros de quando exatamente isso ocorreu, contudo foi em 1886 que o primeiro automóvel moderno chegou ás ruas.

Por volta do período da Guerra Fria, ocorreu uma das invenções mais importantes para a humanidade. Na corrida por glória, a Rússia criou o satélite Sputnik que esteve na órbita da terra, mais precisamente no dia 04 de Outubro do ano de 1957. Esse era o passo do mundo ao encontro das mais altas e diversas tecnologias.

O avião começou a dar seus primeiros passos ainda no século XX, isso porque o homem nunca havia concretizado o seu tão importante sonho de voar. Era quase impossível considerar que uma máquina mais pesada que o ar fosse capaz de ter sustentação o suficiente para fazer tal proeza. Em cada país, os méritos para a fabricação da primeira máquina são dados a diferentes pessoas, aqui no Brasil, o pai da aviação foi Santos Drumont. 

Por fim e não menos importante, temos o telefone. Esse meio de comunicação é parte importantíssima no dia a dia de todas as pessoas. Foi criado exclusivamente para que Antonio Meucci mantivesse contato com sua esposa que estava doente na época. A criação tornou-se cada vez mais moderna e hoje temos o celular, um aparelho indispensável á todos nós.

Colonização Mercantilista no Brasil

Para saber mais informações sobre o mercantilismo no Brasil e como a colonização esteve presente, acompanhe este artigo.

Colonização Mercantilista no Brasil

Tudo começou quando a palavra mercantilismo foi usada por economistas alemães. Isso ocorreu por volta do século XIX. O mercantilismo teve como principal objetivo, ser aplicado a um conjunto já antigo de práticas que haviam se tornado curiosamente ultrapassadas.

Esse mesmo conjunto de práticas, demonstrou uma grande ausência de um específico plano pré-concebido, relacionado exclusivamente com a política econômica. Na América, a disputa ocorreu pelos países europeus, por volta dos séculos de XVI e XVIII.

Todas as fatias que estavam apostos eram de maneira intensas disputadas. Tudo isso, porque a necessidade de ampliação da Europa era algo quase incontrolável pela política e governo. Desta maneira, tudo se manteria como colônias e seria mais fácil e menos civilizado a liderança.

A Europa pensava somente na riqueza que isso lhe proporcionaria, melhorando cada vez mais as condições do mesmo. Contudo, não era somente essa que tinha interesse em tal processo. O ouro e a prata circulavam normalmente em forma de moedas ou até mesmo nos cofres de reis.

As caravelas eram as formas de chegada das embarcações portuguesas ao Brasil
Caravelas (Foto: Reprodução)

Tudo isso se devia ao Novo Mundo. O mesmo processo ocorreu no Brasil, por volta dos séculos de XVI e XIX. A economia nesse período deslanchou de forma única, fazendo com que as colonizações presentes no país fossem ainda mais diversificadas, contabilizando atividades diferentes.

A metrópole portuguesa era a principal motivadora de todo o processo, controlando toda a produção feita em solos brasileiros. Tudo isso acontecia através de um grupo de práticas mercantilistas. Esses eram exclusivamente responsáveis pela riqueza da colônia para a Metrópole.

O mercantilismo tinha como obrigação ligar o capitalismo comercial ao absolutismo político. O problema é que isso era feito de maneira grosseira e nada amigável. A intenção era dobrar a produção e maximizar os lucros. Hoje, sabemos que o colonialismo é uma face do mercantilismo apenas.

O Brasil foi um plano secundário de Portugal, antes dele, as investidas ocorreram na Índia e África. Somente por volta do ano de 1530 é que foram estabelecidas as primeiras experiências concretas de colonizadores em território brasileiro. Desde então, alguns períodos foram passados pelo país, até se tornar a potência que é hoje.

50 anos do golpe militar

Embora o Brasil tenha lindas histórias para contar, existem também diversas de horror e pavor, como o golpe militar do ano de 1964. Para mais informações sobre o assunto, confira o artigo a seguir.

50 anos de golpe militar

O golpe militar que ocorreu no dia 31 de Março de 1964, ainda traz arrepios àqueles que participaram e sobreviveram ao mesmo. O golpe completou 50 anos recentemente e, antes disso, já havia se tornado o grande assunto dos jornais e revistas do Brasil. Apesar de haver algum tempo desde que ocorreu, ainda está presente na memória do país.

O que aconteceu foram períodos terríveis, onde foi lhes vetado o poder da liberdade. Esse tempo deixou apenas a tristeza por tantas vidas perdidas. Muitos jovens que lutavam contra o golpe foram torturados até a morte e muitos deles nunca encontrados.

Esse tempo de pesadelo durou cerca de 21 anos até José Sarney tomar posse  e o Brasil ter de volta a democracia. Há quem lute contra as injustiças ocorridas naquele tempo, apesar de estar em andamento na justiça, nada mudou desde 1964.

Essa é uma das fotos mais comentadas de toda a história, pois representa corretamente a falta de pudor dos militares
Golpe militar (Foto: Reprodução)

Foram dias terríveis de longas batalhas sangrentas, assaltos a bancos, matança e organização de guerrilhas armadas. Ainda hoje, 50 anos depois, o Brasil nunca conseguiu acertar de vez as contas com o passado. O que se tem hoje em dia é apenas a tristeza de todas as vidas que foram perdidas, na guerra onde não tivemos vencedores, nem perdedores.

Até mesmo aqueles que julgávamos mocinhos na história estão presos em uma cadeia no Distrito Federal, pois foram condenados ao crime de corrupção. Tudo começou quando um presidente populista resolveu renunciar o seu mandato em 1961. Segundo o presidente, a renúncia foi feita após testificar que ele não conseguiria combater as “forças terríveis” que estava contra.

Jânio Quadros queria voltar louvado pelo povo, mas isso nunca aconteceu. O vice presidente, na época, João Goulart estava na China  e não pode estar a par de tudo que acontecia por aqui. O mundo estava dividido entre capitalistas e comunistas e cada nação deveria escolher o seu lado.

O Estados Unidos tinha somente medo de que o Brasil se transformasse em um país totalmente socialista e carregasse a maior parte ou toda América Latina. A partir de então, uma grande guerra se deu para lutar contra as formas do socialismo e durou anos, trazendo medo e o pavor aos brasileiros.

Mesmo após tanto tempo, ainda existem pessoas feridas física e psicologicamente. Corpos foram enterrados em lugares inapropriados, diversas  famílias com seus parentes desaparecidos  clamam por justiça. O que mais é revoltante em todo o acontecido, é que com todos os problemas que o nosso país tem e sua justiça falha, o que mais se pensa no momento é na Copa do Mundo.

República velha resumo em tópicos

A república velha foi marcada por uma política de café com leite, com várias conquistas e diversas dificuldades. Entenda mais sobre esse período de forma simplificada em tópicos.

Em 1889, a monarquia brasileira liderada pelo imperador Dom Pedro II estava em um processo de desgaste político. Com muitas divergências do império  com o exército e recentemente com os fazendeiros do país (devido a abolição de escravidão em 1888 sem indenização aos ex donos de escravos), a política da oposição caiu como luva no colo dos republicanos.

Aproveitando-se da situação, os republicanos logo trataram de se ligarem ao exército que, por sua vez, efetuou o golpe e regeu o governo provisório. A república instaurada após a queda do império é chamada de república velha, estendendo-se até a revolução de 30 e antes disso houve a república da espada, que foi uma ditadura militar no Brasil ocorrido em meados de 1889 á 1894, sendo considerado o primeiro governo ditatorial no país governado pelos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

Republica Velha – tópicos

Proclamação da república deu-se no dia 15 de novembro de 1889. O marechal Deodoro da Fonseca, juntamente a alguns regimentos e batalhões, desfazem a câmara pela manhã. No período da tarde seria  proclamado que o Brasil se tornaria um república, através das massas e pelo rádio.

A bandeira como conhecemos foi criada na república velha (foto: reprodução)
A bandeira como conhecemos foi criada na república velha (foto: reprodução)

Governo Provisório 1889 a 1891 – Liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, o governo provisório deveria governar o país enquanto a nova constituição fosse feita. Esse período foi chamado república da espada.

Fim da República da Espada 1894 – Após o mandato do militar Floriano Peixoto, o candidato civil Prudente de Morais é finalmente eleito pelos votantes e inicia-se a república oligárquica.

República do Café com Leite 1898 – Iniciada oficialmente no governo de Campos Sales, a política do café com leite visava alternar o poder do país entre paulistas e mineiros, tendo em vista que esses eram os dois maiores produtores de café e leite do país, considerados os estados mais ricos e politicamente fortes. Servindo aos interesses apenas do sudeste, essa política gerou grandes movimentações e revoltas no restante do país.

Fim da República Velha 1930 – Com o país mergulhado na crise 1929, as revoltas sociais e o clima de tensão política estava cada vez mais desfavorável á continuidade da política do café com leite. Por meio de um golpe de estado, o sulista Getúlio Vargas dá fim á essa política e inicia uma nova era no Brasil, que mais tarde se chamaria o estado novo.

Características da República do Brasil

Café – O principal produto de exportação do país, responsável por mais de 70% da renda brasileira, tendo como principal comprador, os Estados Unidos. Os barões do café utilizavam de seu poder político para se consolidar na política do café com leite e seu poder de mando para manipular os votantes nas eleições.

Desenvolvimento – A república velha passou por algumas crises, porém houve um pequeno incentivo ao desenvolvimento industrial no país. Além disso, algumas estruturas promovidas pelos governos, principalmente no sudeste, incrementariam o estilo de vida urbano. O sistema presidencialista permitia as eleições de representantes temporários através do voto. (vale informar que analfabetos e mulheres não tinham direito ao voto)

Regresso ao modelo agro exportador – Como os interesses do barões do café estavam sendo privilegiados pelo governo brasileiro,  houve um regresso de atenção á agricultura do país, onde a maior parte dos investimentos, créditos e ações políticas eram voltadas para facilitar esse setor econômico.

Imigração europeia – Devido o fim da escravidão em 1888, as fazendas brasileiras necessitavam de mão de obra assalariada e o país abriu suas portas para  imigrantes de países europeus viessem para suprir essa demanda. Durante a república foi intensificado o aumento na produção do café devido a chegada dos imigrantes Europeus.

 

 

História grega

A Grécia é o berço da civilização ocidental. Mas poucos sabem da origem dos gregos, quem eram eles e de onde eles vieram? por que sua cultura nos influencia até os dias de hoje? Saiba aqui no Dicas Free!

Os gregos definiram grande parte do costume ocidental. As heranças desse povo permeiam em nosso sistema político, esporte, performances teatrais, vários conceitos artísticos de estética, simetria, engenharia, tecnologias de navegação, comércio, táticas militares, filosofia, dentre outros. Essas heranças que foram deixados por eles ( gregos), que aproximam-nos mas simultaneamente nos deixam distantes dessa realidade.

A Grécia inventou e reinventou o mundo. Se preocupou com diversas questões, se adaptou e desenvolveu prósperas e organizadas cidades estado. Mas quais são as origens dessa civilização tão importante? Como os primeiros gregos se desenvolveram e quais foram suas conquistas?

Grécia – das origens

Antes da Grécia existir, é importante saber que “os gregos” não eram caracterizados por serem um só povo. Na realidade  a civilização grega foi formada, basicamente, por quatro tribos indo-europeias, cada uma com suas particularidades e aptidões. As tribos eram os Aqueus,  EóliosDórios e os Jônios.

Templo grego em Atenas
Templo grego em Atenas

Essas tribos migraram para a península Balcânica cerca de 2000 a. C. e encontraram uma região montanhosa, fator que ajudava o isolamento de cada tribo (mais tarde, cidades). A distância e isolamento das tribos fez com que cada um se desenvolvesse, impedindo uma possível unificação. Os gregos se espalharam por várias ilhas do mar Egeu, pela península Itálica e Ásia menor.

Essas cidades também não possuíam condições para a agricultura em larga escala, devido a região acidentada ( bastante montanhosa). A civilização grega vivia, basicamente, da escassa produção agrícola que tinha, intensas trocas comerciais pelo mar e pelos saques em outras civilizações e também entre as próprias cidades gregas.

As semelhanças

Os gregos eram parecidos entre si e ao mesmo tempo diferentes. Isso aconteceu pelo fato deles compartilharem uma mesma cultura, variando alguns detalhes regionais em cada cidade. Enquanto a cidade de Atenas se concentrava em desenvolver o comércio e a política, a cidade de  Esparta concentrava suas forças para o desenvolvimento militar, por exemplo.

Com o tempo, as cidades foram se organizando e espaços políticos começaram a se caracterizar como fatores essenciais. Por volta do século VIII a.C. as primeiras pólis gregas adquiriram força e expressividade política em sua organização e estilo de vida. Essas pólis também são chamadas de cidades estado, por serem totalmente autônomas economicamente, terem governo, leis e costumes próprios.

As semelhanças culturais fizeram com que os povos gregos se reconhecessem como pertencentes ao mesmo mundo, unidos pelas práticas culturais em comum e religião. Dessa forma, as olimpíadas, por exemplo, se tornou um evento de importante integração entre as cidades gregas, que deveriam pausar  as guerras entre elas para realizarem os jogos olímpicos.

O teatro também tinha grande expressividade e podia ser apresentado, também, em caravanas que passavam por várias cidades gregas. Foi no teatro grego que surgiu o ” gênero dramático” conhecido hoje como dramaturgia. Os autores gregos tentavam evidenciar as transformações dos antigos costumes do “povo” principalmente em mitologias.

Características gerais

Os conceitos de democracia, debate político, organização de estado, entre outros fatores de gestão pública, foram desenvolvidos pelos gregos e estão presentes até hoje nas sociedades ocidentais. Atenas foi a primeira cidade a utilizar o regime democrático, utilizando-se também do espaço público para o debate, o que era chamado de Ágora.

Os gregos formaram diversas alianças como a Liga de Delos, Liga do Peloponeso e a Liga Calcídica, tanto em conflitos uns contra os outros, como para combaterem um inimigo “bárbaro” em comum.  Apesar da organização militar, a Grécia foi dominada diversas vezes durante sua história por outros povos.

Alexandre, o grande, por exemplo, foi um grande conquistador macedônico que anexou a maior parte da Grécia á seu vasto império expansionista. As influências gregas eram notoriamente perceptíveis no próprio Alexandre e em seu império, fator que foi transpassado aos próximos conquistadores e também ao império romano, que tratou de sofisticar e utilizar dos conceitos gregos para arquitetar sua própria cultura.

Pedro Álvares Cabral

Pedro Álvares Cabral foi uma das figuras mais importantes da história do Brasil, por ter sido o navegador português a desembarcar em terras tupiniquins em 1500. Saiba mais sobre essa figura histórica clicando no post.

A figura de Pedro Álvares Cabral pode ter sido uma das mais (se não a mais) icônica da historiografia portuguesa e brasileira. Sua trajetória na história é intimamente ligada aos barcos e novas tecnologias náuticas que inauguram a modernidade, não só em Portugal e Espanha, como também em todo o mundo ocidental.

Tendo sido responsável pelo desvio de rota que o levou as terras do continente americano que viriam a se tornar a colônia do Brasil, território reivindicado pela soberania portuguesa, Cabral além de participante ativo dessas novas conquistas, é também descobridor oficial da América pelos portugueses.

Detalhes de Cabral

Pouco se sabe sobre Pedro Álvares Cabral durante sua infância. Sabe-se que nasceu em Belmonte no de 1467 e faleceu em Santarém no ano de 1520. Cabral era pertencente a nobreza portuguesa e tinha relações próximas com a corte daquele país. Por esse motivo, o jovem fidalgo moço (título de nobreza atribuído a ele) teve acesso a estudos em humanidades, treinamento militar, história, literatura e conhecimento náuticos.

Retrato de Cabral (foto: reprodução)
Retrato de Cabral (Foto: Reprodução)

Destacou-se em diversa áreas e sua proximidade com a corte lhe rendeu o cargo de conselheiro real de D. Manuel I, o título importante de Fidalgo português (diferente de fidalgo moço) e também obteve a nomeação de Cavaleiro da Ordem de Cristo. Não se sabe ao certo a aparência física de Cabral em sua plena juventude, mas alguns indícios apontam que ele tenha sido um homem alto e que a ele eram atribuídos títulos de generoso, prudente, culto, vaidoso e cortês.

 No dia 15 de fevereiro de 1500, Cabral é nomeado Capitão Mor para chefiar uma grande expedição de navegação com o objetivo de chegar a Índia e estabelecer relações comerciais e diplomáticas com aquelas terras. A nomeação de Cabral para esse cargo foi amplamente política, tese defendida por muitos historiadores que estudam esse período.

Sem experiência para comandar grandes expedições, Cabral haveria de enfrentar uma aventura digna de livrescos portugueses. A viagem nesses navios era extremamente perigosas, as condições das embarcações não eram das melhores e as chances de naufrágio em alto mar eram muito grandes. A navegação portuguesa era certamente uma das melhores do ocidente, porém tinha também suas falhas.

Sua frota era composta por 13 naus com cerca de 1500 homens, entre eles marujos experientes, outros nobres, plebeus, membros do clero português e escritores que relatariam o acontecido, um deles, o conhecido Pero Vaz de Caminha.

A viagem ao Brasil

Era possível que a chegada ao Brasil já estivesse prevista nos planos de Cabral e da Coroa Portuguesa. Afinal, as notícias de Colombo já circulavam e Portugal também pretendia expandir seu império, coletar novas riquezas e levar a palavra santa do deus cristão para as terras pagãs ou desconhecidas. O desvio de rota da expedição de Cabral pode ser considerado intencional nesse aspecto.

Retrato de naus portuguesas (foto: reprodução)
Retrato de naus portuguesas (Foto: Reprodução)

No dia 9 de março de 1500, a expedição partiria das terras portuguesas ao som de festas cerimoniais da nobreza e uma grande multidão de expectadores. Após passarem pelo Cabo Verde (colônia portuguesa em terras africanas), uma das naus da expedição desapareceu. Navegaram rumo ao oeste, passando pela linha do equador. O avistamento de algas marinhas elucidava que terras estariam próximas e os navegadores tinham razão.

No dia 22 de abril, a expedição encontra uma costa onde Cabral dá o nome de Monte Pascal (localizada no Nordeste brasileiro), por se tratar do período de páscoa. Tendo avistado populações humanas, um primeiro contato foi realizado por um capitão chamado Nicolau Coelho. Após esse evento, Cabral navega mais alguns quilômetros pela costa e desembarca em um porto natural o qual chamou de Porto Seguro no dia 24 de abril (atual cidade de Porto Seguro na Bahia).

Nessa ocasião, um dos pilotos, Afonso Lopes, trouxe dois indígenas ao navio para manterem um contato mais próximo. Os detalhes de toda a viagem e desse contato estão dispostos da Carta de Pero Vaz de Caminha. Um altar de terra foi construído por ordens de Cabral, onde fora realizada a primeira missa católica em terras brasileiras.

No dia primeiro de maio daquele ano, uma grande cruz foi feita para ser fincada na terra que agora pertencia a soberania portuguesa (na visão de Cabral). As terras não desrespeitavam o tratado de Tordesilhas e uma segunda missa foi celebrada. Nessa ocasião, Cabral nomeou novamente a terra descoberta, dessa vez de Ilha de Vera Cruz.

A volta

Por volta de 2 ou 3 de maio daquele ano, a expedição de Cabral deixa as terras do continente americano e rumam em direção ao continente africano. Em uma ocasião de grande tempestade, 3 naus da expedição são destruídas. Uma nau, comandada por Diogo Dias não conseguiu se reagrupar com as outras restantes e vagou sozinha. Totalizando, a expedição teve a perda de 4 naus e mais de 380 homens.

Rota da expedição de Cabral (Foto: Reprodução)
Rota da expedição de Cabral (Foto: Reprodução)

Depois de passarem pelo Cabo da Boa Esperança, algumas paradas foram necessárias para realizar reparos. A chegada na cidade estado hindu de Calecute era o principal objetivo de Cabral, na qual teve sucesso em estabelecer relações diplomáticas e comerciais. Foi autorizado a ele estabelecer um armazém e uma feitoria no território de Calecute.

O medo dos árabes de perderem seu monopólio no comércio de especiarias fez com que articulações políticas envolvendo o próprio governante de Calecute permitissem um ataque árabe e também hindu a feitoria portuguesa da expedição de Cabral. Cerca de 300 homens, segundo as fontes. A defesa portuguesa conseguiu conter o ataque com suas bestas, aproximadamente 50 portugueses morreram nesse incidente.

Esse incidente desrespeitava o tratado que Cabral acabara de firmar com Calecute e isso causou revolta não só nele, como em toda a tripulação. Com as armas de guerra navais tecnologicamente superiores de Portugal, Cabral decide atacar 10 navios muçulmanos, matando cerca de 600 tripulantes. Também ordena que suas naus bombardeassem Calecute durante um dia inteiro pela violação do tratado.

Cabral viria explorar as rivalidades de outras cidades com Calecute e estabeleceria relações comerciais e diplomáticas com elas. Com os navios cheios de cargas e especiarias, a volta a Portugal se iniciava no dia 16 de janeiro de 1501. Uma das naus encalhou nos bancos de areia e teve de ser abandonada. Cabral dera ordens para que uma nau fosse até Sofala (um dos objetivos da expedição), uma outra a Moçambique e a outra nau que fosse na frente, restando então apenas duas naus na formação inicial.

As duas naus passaram pelo Cabo da Boa Esperança e chegaram a uma cidade chamada Bezeguiche próximo ao cabo verde. Lá, a expedição de Cabral encontrou a nau que fora na frente e também encontra a nau que se perdeu por mais de um ano durante a tempestade da volta do Brasil, liderada por Diogo Dias.

A frota esperou que as outras naus se reencontrassem nesse lugar e partiram para Portugal, totalizando 7 naus, sendo que 5 encontravam-se totalmente carregadas de produtos. Chegaram em Lisboa no dia 21 de Julho de 1501 e os lucros obtidos foram de 800%, cobrindo todos os gastos e perdas na expedição que foi considerada um grande sucesso.