A grande força do Romantismo tanto no Brasil como na Europa era evidente, mas a cada vez mais, autores se debruçavam sobre outras formas de escrever e transmitir suas histórias e romances. As tendências científicas, as descobertas da época e os demais contextos históricos refletiram na literatura francesa em meados do século XIX.
Surge como tendência uma nova escola literária, a qual ficou chamada de Parnasianismo. Em oposição as elucubrações romantistas, o parnasianismo busca a valorização dos saberes e procedimentos científicos, além de inserir as tendências positivistas em seus discursos escritos.
Características do Parnasianismo
O Parnasianismo tem como características a objetividade do escritor, que a todo o custo evita que sentimentalismos e subjetividades se transfigurem na obra, desse modo, dando a característica de impessoalidade aos que lhe é narrado.
Não só o discurso preza pela perfeição, mas a própria estética textual é levada mais a sério pelo escritor. Ao olhar para um texto do parnasianismo, vê-se a busca as vezes milimétrica da preservação da estética, a ausência de palavras da mesma classe gramatical na mesma frase, a utilização de vocabulário sempre culto e rico em palavras diferenciadas e ritmadas, dentre outros detalhes.
As descrições ricas de cenas e acontecimentos são narradas com a maior quantidade de detalhes possíveis pelos autores. Além disso, é comum que temas que evocam aos gregos sejam elucidados por esse movimento.
Obras do Parnasianismo
Ao final do século XIX, o Parnasianismo chega ao Brasil e autores como Olavo Bilac produzem obras que ficaram marcadas em nossa literatura. Crônicas e Novelas, Crítica e Fantasia, Poesias e Dicionário de Rimas são exemplos das contribuições de Bilac.
Raimundo Correa também merece ser citado como um dos grandes autores. A ele são creditadas as obras: Versos e Versões, Sinfonias e Primeiros Socorros.
Para completar o que era conhecido na época como Tríade Parnasiana, Alberto de Oliveira se destacou publicando Meridionais, também a Céu, Terra e Mar e O Culto da Forma na Poesia Brasileira.