Oscar Niemeyer foi sem dúvida, um visionário e praticante de suas ideias. Seu talento e trabalho desenvolvido nos seus 104 anos de existência foi te magnificência importância ao cenário da arte e arquitetura mundial. Considerado como um dos pais da arquitetura moderna, Niemeyer é o arquiteto brasileiro com mais premiações internacionais até hoje.
Nascido em 1907 no Rio de Janeiro, talvez nunca imaginara o quanto tempo viveria e tantas coisas teria oportunidade de ver. Ateu convicto, Niemeyer vivia a vida sem preocupações, na boemia dos bares com os amigos no Rio de Janeiro. Costumava dizer que a vida era para ser divertida e assim a vivia. Casa-se no ano em que se formara no ensino médio com a imigrante italiana Anna Maria e no ano seguinte retoma os estudos ao adentrar na Escola Nacional das Belas Artes, onde adquire diploma de Arquitetura e Engenharia.
Seu primeiro projeto que o lançou na arquitetura moderna foi a Obra do Berço no ano de 1937 na cidade do Rio de Janeiro. A inspiração para a realização desse projeto veio – além de toda a sua vida, seu modo de pensar e ver as curvas e sua importância, as montanhas e rios do Brasil – da participação junto a grandes arquitetos brasileiro e o arquiteto francês Le Corbusier no projeto do prédio do MEC da época do governo de Getúlio Vargas. Esse prédio foi de grande importância e inaugurou o Brasil na arquitetura moderna.
Desde em 1939, Niemeyer participa de projetos fora do país e representa o Brasil na Vanguarda da Arquitetura Modernista internacional. Um ano depois Niemeyer conhece o então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek que o convidou para projetar o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Essas obras ganharam grande projeção internacional e polêmica com a igreja católica.
A partir daí, Niemeyer começa a ser convidado para projetos internacionais, um deles, para o projeto do prédio da ONU, onde seu projeto em parceria com Le Corbusier fora escolhido e construído. No Brasil, projeta obras de grande importância como o Conjunto do Ibirapuera, Edifício Copan, Itatiaia e muitos outros pelo país.
Em 1956, Juscelino Kubitschek convida Niemeyer para fazer a então maior obra de sua vida. A construção da nova capital do país que seria feita em uma região central desabitada com o objetivo de levar o desenvolvimento para todas as regiões brasileiras. A construção de Brasília mostrou ao mundo o potencial do arquiteto brasileiro. Os vários palácios em escala monumental, as imensas áreas planas e parques e as muitas esculturas e monumentos pela cidade deram uma nova cara ao Brasil.
Em 1965, Niemeyer pede demissão da Universidade de Brasília onde lecionava, em protesto contra a ditadura militar instalada no país. Seu caráter e posicionamento político a favor do comunismo o tornaram uma espécie de inimigo do Estado. Oscar se muda para Paris onde fará algumas obras não só lá, mas em várias partes do mundo. Só retorna ao Brasil em 1980 com a anistia e o fim da ditadura militar no país. Projeta os CIEP’s e o Sambódromo no Rio de Janeiro. Outras obras importantes também ganham projeção internacional como o Memorial da América Latina em São Paulo e o Museu da Arte Contemporânea em Niterói. Recebeu convites e projetou uma obra da Grã Bretanha e um centro cultural na Espanha com o seu nome, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer.
Oscar Niemeyer morreu aos 104 anos no dia 5 de dezembro de 2012, 10 dias antes de seu aniversário onde completaria 105 anos de idade. Dedicado e apaixonado por sua arte, nunca deixou de trabalhar e mesmo internado com problemas de saúde, Niemeyer ainda elaborava e trabalhava em seus projetos arquitetônicos.